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Economia

Bolsas da Europa caem com tensões EUA-China causando temores de guerra cambial

Por Agência Estado

05 de agosto de 2019, às 16h03 • Última atualização em 05 de agosto de 2019, às 17h41

Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta segunda-feira, 5, em queda, em meio ao acirramento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Investidores temem que as disputas entre os países extrapole questões comerciais, prejudiquem o crescimento global e ainda se tornem uma guerra cambial. Nesse contexto, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,41%, aos 366,50 pontos.

A guerra comercial entre os EUA e a China ganhou um novo capítulo nesta segunda, após o país asiático deixar o dólar romper a marca psicológica dos 7 yuans pela primeira vez desde 2008. O presidente americano, Donald Trump, acusa Pequim de manipulação cambial. Os chineses, por sua vez, atribuem a depreciação de sua moeda aos conflitos comerciais. Com o temor de que a guerra comercial extrapole para o câmbio, o clima de cautela predominou entre os investidores, que fugiram de ativos de risco, como ações.

“Os investidores estão buscando abrigo nos mercados de títulos, em ‘portos seguros'”, diz o BBVA, em relatório enviado a clientes. “Os mercados acionários globais continuam a cair significativamente entre 2% e 3%, em média”, afirma o banco espanhol.

O movimento de baixa verificado nas bolsas da Europa, desde a abertura, foi acelerado após a divulgação de leituras dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços e compostos da Alemanha e da zona do euro, todas em queda. O PMI composto alemão desceu ao nível mais baixo em mais de seis anos. Diante desse cenário, na maior economia da zona do euro, o índice Dax 30, da bolsa de Frankfurt, encerrou o pregão em queda de 1,80%, aos 11.658,51 pontos.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE 100 caiu 2,47%, para 7.223,85 pontos. Em meio aos temores – cada vez mais prováveis – de um Brexit sem acordo, ações de empresas importantes, como a British Land Company, do setor imobiliário, e o HSBC, recuaram 4,22% e 2,99%, respectivamente. O banco britânico anunciou que seu CEO, John Flint, será substituído depois de apenas 18 meses. A queda nas ações, contudo, veio após a divulgação de alta de 18,6% no lucro líquido no primeiro semestre de 2019.

As ações da empresa franco-italiana do setor de microchips STMicroelectronics, no radar do mercado desde as tensões envolvendo a Huawei, caíram 4,30% na bolsa de Milão. Por lá, o índice FTSE MIB perdeu 1,30%, para 20.773,30 pontos. Em Paris, onde a empresa também é negociada, a queda foi de 4,30%. Na capital francesa, o índice CAC 40 recuou 2,19%, para 5.241,55 pontos.

Já o índice Ibex 35, da bolsa de Madri, caiu 1,35%, para 8.777,20 pontos. No mercado acionário local, a ArcelorMittal cedeu 4,31%. Em Lisboa, o índice PSI 20 fechou em queda de 1,07%, para 4.851,53.

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