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Economia

Bolsas da Europa caem após dados fracos na região e também na China

Por Agência Estado

14 de agosto de 2019, às 14h31 • Última atualização em 14 de agosto de 2019, às 18h42

As bolsas europeias fecharam em território negativo nesta quarta-feira, 14, em jornada marcada pela aversão ao risco nos mercados internacionais, após indicadores fracos na região e também na China. Além disso, a curva dos bônus de 2 e 10 anos do Reino Unido (gilts) se inverteu, o que também ocorreu com os juros de igual vencimento das T-notes dos Estados Unidos, reforçando os temores de mais fraqueza no crescimento econômico e eventual recessão à frente.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,68%, a 366,16 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,2% no segundo trimestre ante o primeiro e teve avanço anual de 1,1%, na segunda estimativa do dado. Os números vieram em linha com a previsão, mas reforçam a percepção de fraqueza econômica regional. Além disso, a produção industrial da zona do euro recuou 1,6% em junho ante maio, ante expectativa de queda de 1,2%.

Já no Reino Unido, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 2,1% em julho, na comparação anual, acima da previsão de alta de 1,9% dos analistas. O resultado ficou acima da meta de 2% do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e impulsionou a libra, o que tende a ser negativo para exportadoras britânicas. Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 1,42%, em 7.147,88 pontos.

Dados fracos da China contribuíram para o mau humor dos investidores, em meio às divergências comerciais entre o país e os Estados Unidos. Após a abertura negativa das bolsas de Nova York, o quadro ruim se aprofundou do outro lado do Atlântico, influenciado ainda por declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de St. Louis, James Bullard, segundo as quais a economia americana não está em recessão e que a inflação no país está “um pouco baixa demais, mas estável”.

Além disso, as curvas de juros dos gilts e dos Treasuries americanos de 2 e 10 anos se inverteram, o que é visto como um risco de recessão à frente e contribuiu para o quadro de cautela nos mercados. No Reino Unido, a Oxford Economics alerta que o crescimento seguirá contido, mesmo se houver uma saída da União Europeia (Brexit) de modo ordeiro. Há, porém, um risco real de um Brexit sem acordo, o que imporá ainda mais dificuldades à economia local. A High Frequency Economics, por sua vez, diz esperar uma outra onda de busca pela segurança dos gilts antes do Brexit.

Em Frankfurt, o índice DAX teve baixa de 2,19%, a 11.492,66 pontos. O PIB da Alemanha apresentou contração de 0,1% no segundo trimestre ante o primeiro, como previsto, com alta de 0,4% na comparação anual, um pouco acima do crescimento de 0,2% esperado. Após o dado, o Commerzbank destacou em relatório que a economia alemã está “à beira de uma recessão” e afirmou que não espera recuperação significativa no próximo ano.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 registrou queda de 2,08%, a 5.251,30 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 fechou em baixa de 1,98%, a 8.522,70 pontos, e em Lisboa o PSI-20 teve queda de 1,55%, a 4.750,68 pontos.

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