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Economia

Bolsa fecha em leve baixa à espera de Copom, Fed e EUA-China

Por Agência Estado

10 de dezembro de 2019, às 18h42 • Última atualização em 10 de dezembro de 2019, às 21h36

O Ibovespa fechou em terreno negativo pelo segundo dia, na véspera de decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, com o mercado atento também, aqui como no exterior, aos sinais de autoridades americanas e chinesas sobre as negociações comerciais, a poucos dias do prazo-limite de domingo, quando novas tarifas podem ser impostas. Assim, o principal índice da B3 encerrou a sessão aos 110.672,01 pontos, em baixa de 0,28%, restringindo o ajuste nos minutos finais.

Agora, o Ibovespa acumula perda de 0,41% na semana e ganho de 2,25% no mês. Em 2019, o índice avança 25,92%. O giro financeiro foi de R$ 17,2 bilhões nesta sessão, na qual o índice oscilou entre mínima de 110.132,84 e máxima de 111.184,37 pontos.

“Um ajuste desse com o Ibovespa a 110 mil pontos não assusta, nem chega a ser uma realização, considerando o ganho no mês e que estamos a poucos dias de vencimento de opções”, diz Ari Santos, gerente da mesa de operações da H. Commcor, chamando atenção para a acomodação do dólar e a perspectiva de o Copom confirmar, amanhã, o aguardado corte de meio ponto porcentual na Selic, de 5% para 4,5% ao ano, em processo de ajuste nos custos de crédito já bem “balizado”, tanto no Brasil como no exterior.

Para o Federal Reserve, a expectativa é de que o BC dos EUA mantenha, amanhã à tarde, a taxa de juros na faixa de 1,50% a 1,75% ao ano, e possa sinalizar a conservação dos custos de crédito neste nível até o final do próximo ano.

Por aqui, a expectativa é de que o Copom tenha espaço, no máximo, para um corte de 0,25 ponto porcentual em 2020, a depender do comportamento da atividade e da inflação, após ter se esperado no mercado um escopo maior, de até 0,50 ponto para o ano que vem. Assim, o comunicado do Copom será esquadrinhado amanhã em busca de sinais sobre a visão do BC quanto às mais recentes leituras da inflação e do crescimento econômico, em geral acima do consenso.

Como pano de fundo, o mercado segue atento a indicações, frequentemente contraditórias, sobre a disputa EUA-China. Larry Kudlow, assessor-chefe do Conselho Econômico Nacional, disse hoje que ainda está sobre a “mesa” a possibilidade de os EUA, de fato, optarem no dia 15 pela adoção de novas tarifas para importações da China, parecendo contrariar relato do secretário de Agricultura, Sonny Perdue, de que “algum tipo de recuo” estaria a caminho.

Entre as ações, destaque para a alta de 2,85% na ação preferencial da Gerdau, após elevação do preço-alvo pelo Bradesco BBI, de R$ 18,00 para R$ 24,00, com rentabilidade superior proporcionada pela alta do dólar, na avaliação do banco. Nesta terça-feira, a moeda americana à vista fechou em alta de 0,47%, a R$ 4,1488, praticamente estável na semana (+0,05%), mas acumulando perda de 2,17% no mês.

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