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Economia

Após duas sessões em retomada, Bolsa fecha em baixa de 1,04%, com bancos

Por Agência Estado

15 de janeiro de 2020, às 18h59 • Última atualização em 15 de janeiro de 2020, às 19h19

O Ibovespa interrompeu sequência positiva que prevaleceu nas duas sessões anteriores, com o vencimento de opções sobre o índice exercendo pressão moderada e passageira nesta tarde. O movimento contribuiu para mantê-lo perto das mínimas do dia, sem contudo cruzar a linha em direção à faixa dos 115 mil pontos. Assim, o principal índice da B3 encerrou a sessão desta quarta-feira em baixa de 1,04%, a 116.414,35 pontos, oscilando entre mínima de 116.188,11 e máxima de 117.632,40 pontos. O giro financeiro mais uma vez ficou acima dos R$ 20 bilhões, reforçado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa, totalizando assim R$ 32,2 bilhões. No ano, o Ibovespa acumula alta de 0,66%, com ganho de 0,79% até aqui na semana.

Nesta quarta-feira, a leitura sobre as vendas do varejo em novembro veio abaixo do esperado, assim como, no dia anterior, a da atividade de serviços, uma combinação que esfriou parte do entusiasmo observado desde a divulgação do PIB do terceiro trimestre, e que havia elevado a expectativa para o desempenho econômico nos últimos três meses de 2019, estendendo-se ao ano ora em curso. Contudo, uma série negativa de novos dados – a começar pelos da Anfavea sobre as vendas de veículos, divulgados na semana passada – fez acender uma luz amarela entre os investidores.

“É muito cedo para ajustar a expectativa para 2020, mas esses últimos dados, mais fracos, colocam alguma água no chope de dezembro”, diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, referindo-se à forte progressão acumulada pelo Ibovespa ao longo do mês passado e que se estendeu à primeira sessão de janeiro, no dia 2, quando o índice atingiu nova máxima histórica, a 118.573,10 pontos, no fechamento daquele pregão.

“É preciso esperar um pouco mais, especialmente pelos resultados das empresas, mas esses dados mais recentes realmente não ajudaram”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador sênior da Renascença, observando um ruído inicial, ainda no fim do ano passado, quando uma associação de lojistas contestou o desempenho das vendas de Natal da associação de lojistas de shopping, a Alshop.

As ações de varejo, com gordura acumulada após terem figurado entre os destaques de 2019, e de bancos, sob pressão prolongada ante perspectiva de maior concorrência derivada da emergência de fintechs e bancos digitais, estiveram entre os pontos negativos do dia. Banco do Brasil ON fechou hoje em baixa de 1,83%, com a ordinária do Bradesco em queda de 2,29% e a preferencial, de 1,75%, enquanto ItaúUnibanco PN cedeu 1,23% e a unit do Santander caiu 2,30%.

Entre as ações de varejo, destaque para Lojas Americanas (-1,33%), com Via Varejo resistindo em terreno positivo (+1,50% no fechamento). A alta do dólar na sessão (+1,30%, a R$ 4,1843) pressionou a ação da CVC, em queda de 2,61% no fechamento, e de empresas com custos afetados pela moeda americana, como Gol (-2,68%).

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