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Economia

Apesar de queda de 6,1% no varejo, 84% das empresas relataram alta de vendas

Por Agência Estado

10 de fevereiro de 2021, às 15h09 • Última atualização em 10 de fevereiro de 2021, às 15h25

Apesar do tombo de 6,1% nas vendas do varejo restrito em dezembro ante novembro, a maior para o mês na série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria das empresas do setor teve um resultado positivo no último mês de 2021. Apesar da queda no agregado, o desempenho negativo foi puxado por empresas de grande porte, que são poucas em quantidade, segundo Cristiano Santos, gerente da PMC.

Conforme o índice de difusão de empresas da PMC, 84,0% dos informantes do IBGE relataram alta no volume de vendas em dezembro ante novembro, enquanto 16,0% registraram queda. Em novembro, quando as vendas do varejo restrito caíram 0,1% ante outubro, 49,5% das empresas informantes do IBGE relataram alta nas vendas, enquanto 50,5% apontaram queda.

A PMC recolhe, todo mês, informações de uma amostra de cerca de 5 mil empresas. Essa amostra representa um universo de em torno de 42 mil firmas, segundo o IBGE.

Como a larga maioria das empresas entrevistadas relatou alta nas vendas em dezembro ante novembro, o desempenho global negativo foi puxado pelas grandes varejistas. Menores em quantidade, essas companhias têm peso muito maior em termos de receitas e volume de vendas.

“Isso tem a ver com o tamanho das empresas. A maioria reportou variações positivas. No entanto, o resultado foi negativo porque grandes empresas reportaram variações negativas”, explicou Santos.

Essa concentração do desempenho negativo em dezembro é marcada também pela dinâmica das vendas de Natal, que nos últimos anos têm perdido espaço para decisões de compra antecipadas para novembro, por causa das promoções da Black Friday, data tradicional do varejo nos Estados Unidos.

As vendas de Natal – e, portanto, o efeito de antecipação para a Black Friday – fazem mais diferença para os grandes varejistas. Pequenas lojas tendem a vender mais em dezembro, na comparação com novembro, por causa das festas de fim de ano, mesmo que o crescimento seja próximo de zero e abaixo do Natal do ano anterior. Variações positivas contam para o índice de difusão mesmo que sejam próximas de zero.

“Quem se beneficia muito do grande volume de vendas que é o Natal são as grandes empresas. Elas têm condições maiores de auferir grandes lucros nesse período. E essas empresas tiveram um cenário menos favorável em dezembro em relação a novembro. Essas empresas grandes, na Black Friday, tiveram um desempenho melhor. Elas se beneficiaram mais da Black Friday e isso fez com que a receita do Natal fosse menos intensa”, disse Santos.

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