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Economia

Alívio externo com ajuda de estímulos permite parte de recuperação do Ibovespa

Por Agência Estado

13 de março de 2020, às 11h17 • Última atualização em 13 de março de 2020, às 11h51

As medidas de estímulo anunciadas por nações como China e Japão para conter os efeitos do coronavírus nas economias trazem alívio aos negócios. Na Europa, as bolsas sobem e nos EUA, também. O Ibovespa abriu em alta, chegando a subir 83.757,51 pontos, na máxima do dia, passando dos 15%. No entanto, assim como em Nova York, a B3 diminuiu o ritmo de valorização, reforçando que os investidores continuam cautelosos.

O movimento nas bolsas também é atribuído a uma recuperação de preços depois das perdas recentes. Ontem, por exemplo, no Brasil, o índice à vista da B3 encerrou o dia em baixa de 14,78%, o pior desempenho em 22 anos, aos 72.582,53 pontos.

No ano, as perdas acumuladas são de quase 34% e de 26,63% em março.

Às 11h05, tinha alta de 6,92%, aos 77.607,12 pontos.

Nesta sexta, o Banco do Povo da China (PBoC) anunciou novo corte na taxa de compulsório em 0,5 ponto porcentual, a 1%, injetando no sistema financeiro o equivalente a US$ 78,7 bilhões em liquidez. No Japão, o anúncio é de que irá fornecer ampla liquidez a empresas financeiras, diante do impacto econômico causado pela disseminação do novo vírus. O Banco Central da Noruega, por sua vez, reduziu a taxa de juros em 0,50 ponto porcentual, para 1%, também para minimizar as influências desfavoráveis do coronavírus.

Ao contrário do efeito momentâneo positivo da medida do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), ontem nos mercados, que injetou US$ 1,5 trilhão por meio de operações compromissadas, as medidas anunciadas hoje aliviam, porém não devem apagar as preocupações.

“São ações bem-vindas, mas a grande expectativa é pela aprovação do pacote do governo norte-americano, para ajuda à maior economia do planeta. Era para ser votado ontem à noite, mas não foi”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM. A presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse na noite de quinta-feira que está próxima de um acordo com o governo em torno do pacote que visa ajudar os americanos afetados pela disseminação do coronavírus. Mas ela ressaltou que a votação só deve ocorrer nesta sexta-feira.

A despeito disso, Monteiro avalia as medidas já adotadas lá fora e também aqui como positivas. “As ações da equipe econômica do Brasil é um bom sinal, pois mostra que o governo está agindo. É salutar, mas ainda não sabemos a magnitude do impacto”, avalia Monteiro.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou na quinta à noite uma injeção de R$ 28 bilhões na economia e a equipe econômica já admite reavaliar a meta fiscal de 2020, diante da necessidade de mais recursos para a área de Saúde. “Também ajuda, mas o governo precisar agilizar a PEC Emergencial”, afirma a economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour, “sobretudo depois da confusão no BCP”.

Esta semana o Congresso derrubou o veto ao projeto que amplia a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que atende idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) manteve a previsão de votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que autoriza União, Estados e municípios a cortar salários e jornada de trabalho dos servidores, no próximo dia 25.

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