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Brasil

Venezuela nega responsabilidade por óleo que atinge praias do Brasil

Em comunicado à imprensa, a estatal Petróleos de Venezuela declarou "rechaçar categoricamente" as suspeitas, que chamou que "infundadas"

Por Agência Estado

10 de outubro de 2019, às 13h40 • Última atualização em 10 de outubro de 2019, às 15h44

Foto: Ascom
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebateu a posição do governo venezuelano de Nicolás Maduro

O governo de Nicolás Maduro negou nesta quinta-feira, 10, que a Venezuela tenha relação com o óleo encontrado em ao menos 139 praias do Nordeste brasileiro. O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, chegou a levantar suspeitas sobre um “navio estrangeiro”, enquanto o presidente Jair Bolsonaro declarou ter “quase certeza” que o petróleo tem origem em um “ato criminoso”.

Em comunicado à imprensa, a estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PDVSA) declarou “rechaçar categoricamente” as suspeitas, que chamou que “infundadas”. “Não existe evidência alguma de derrame de óleo cru dos campos petroleiros da Venezuela que pudessem haver gerado danos no ecossistema marinho do País vizinho”, diz o texto.

A estatal ressalta não ter recebido relato de clientes ou filiais sobre uma possível desagregação ou derrame nas proximidades da costa do Brasil. Ela aponta, ainda, que as instalações de petróleo do País ficam a cerca de 6.650 quilômetros do litoral brasileiro.

O comunicado também reitera o “compromisso” ambiental do governo venezuelano e condena o que chama de “afirmações tendenciosas que pretendem aprofundar as ações unilaterais de agressão e bloqueio” ao país.

Salles rebate Venezuela e reafirma que óleo no Nordeste teve origem no país

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebateu a posição do governo venezuelano de Nicolás Maduro, que negou nesta quinta-feira, 10, que a Venezuela tenha relação com o óleo encontrado em ao menos 139 praias do Nordeste brasileiro.

Salles afirmou que a informação confirmada até agora é de que se trata de petróleo de origem venezuelana, o que não significa que o material tenha vazado de poços de petróleo do país vizinho ou que uma embarcação da Venezuela tenha despejado o óleo no litoral brasileiro.

“A indicação de origem Venezuelana do óleo se baseia em análise técnica laboratorial da Petrobras”, declarou o ministro. “A hipótese aventada é que pode ter sido derramado a partir de navios que trafegaram ao longo da costa brasileira, e não necessariamente de campos do governo ditatorial venezuelano”, concluiu.

O presidente Jair Bolsonaro declarou ter “quase certeza” de que o petróleo tem origem em um “ato criminoso”. Até esta quarta-feira, 9, as investigações sobre a origem do petróleo conduzidas pela Marinha e pela Polícia Federal se concentravam em 23 embarcações suspeitas.

O cruzamento de informações aponta que, na região investigada, havia embarcações de diversas origens. O trabalho se concentra em cruzar rotas mais usadas no transporte de petróleo e a direção que as toneladas de óleo tomaram até chegar às praias do Brasil. O rastreamento também tem buscado informações de GPS dessas embarcações.

O material identificado até agora em amostras tem a “assinatura” do petróleo da Venezuela, ou seja, a composição da borra é de origem venezuelana, segundo estudos da Petrobras e da Marinha.

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