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Brasil

Uso de bicicletas aumenta 24% em SP, puxado pela zona oeste

Por Agência Estado

03 de julho de 2019, às 11h30 • Última atualização em 03 de julho de 2019, às 11h54

Embora o número de viagens pela região metropolitana que têm a bicicleta como principal meio de transporte ainda seja proporcionalmente pequeno, se comparado aos milhões de usuários de metrô, trens e automóveis, o meio de transporte limpo teve um crescimento médio de 24% na última década na região metropolitana. Em algumas regiões, como os eixos das Avenidas Faria Lima e Engenheiro Luís Carlos Berrini, que receberam ciclovias, esse acréscimo chega a 1.173%.

Segundo os dados da pesquisa Origem e Destino do Metrô, que serão divulgados nesta quarta-feira, o total de viagens de bicicleta passou de 307 mil, em 2007, para 377 mil. E o uso do modal é maior em cidades ao redor da capital, como Guararema, Ribeirão Pires e Suzano. Mas no eixo da zona oeste da capital paulista, enquanto a pesquisa feita em 2007 apontou 398 viagens de bicicletas por dia, em 2017 o número saltou para 5.067.

A advogada Alessandra Rangel, de 42 anos, ainda lembra do dia em que resolveu trocar o carro pela bicicleta. Foi há cerca de um ano, em uma tarde em que ficou mais de uma hora presa no trânsito, para completar um trajeto de cinco quilômetros. O engarrafamento travou a região da Avenida Faria Lima, na zona oeste, onde Alessandra trabalha há dez anos. O uso da bicicleta aumentou 1.173% nesse período, por causa de pessoas que fizeram a mesma opção.

“Mudou a minha vida”, conta a advogada, que hoje usa a bike ao menos quatro vezes por semana, em um trajeto que dura 20 minutos. “Minha saúde melhorou bastante, eu tenho mais disposição. Eu sempre fiz esportes, mas hoje rodo sete quilômetros de bike por dia.”

O engenheiro civil Luis Antonio Lindau, pós-doutor em Transportes pela University College London e diretor do instituto de pesquisas WRI Brasil, destaca que investimentos em faixas exclusivas para bicicletas são importantes nas grandes avenidas, por questão de segurança. Para ele, entretanto, a melhoria dos deslocamentos diários passa também por políticas para a melhoria das calçadas públicas e investimento na frota de ônibus.

A pé

As viagens a pé são o principal modo de viagem, segundo a OD, que considera como “viagem” todo o deslocamento superior a 500 metros – ou inferior a isso, se o motivo for trabalho ou estudo. Nesse quesito, o número de viagens a pé cresceu 12,4% em dez anos, de 25,1 milhões para 28,3 milhões por dia.

“O estímulo para o transporte a pé é a melhoria nas calçadas. E o passo seguinte é o investimento em ciclovias” afirma Lindau. Essas medidas também facilitam trazer mais pessoas para transporte público, ajudando a financiá-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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