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Queda de avião

Processo de identificação de vítimas de acidente continua, mas em ritmo mais lento

Até o momento 45 corpos foram identificados e 27 liberados aos familiares, que são os primeiros a serem informados sobre o trabalho de reconhecimento

Por Agência Estado

14 de agosto de 2024, às 07h03 • Última atualização em 14 de agosto de 2024, às 10h46

Familiares das vítimas do acidente aéreo que envolveu avião da Voepass que ocorreu em Vinhedo, chegando ao Instituto médico legal (IML) - Foto: Paulo Pinto_Agência Brasil

O processo de identificação dos corpos de vítimas do acidente da Voepass, na sexta-feira, continua, mas chega a um momento mais lento, de forma a garantir a precisão. “Garanto para vocês que, quando esses corpos forem entregues aos seus familiares, eles vão ter 100% de certeza de que realmente é aquela pessoa. Não liberamos nenhum corpo se não houver certeza absoluta nessa verificação. Por isso, o processo daqui para a frente é um pouco mais lento, minucioso”, afirmou Vladmir Alves dos Reis, diretor do Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo.

Todas as vítimas passaram por necropsia até domingo. Depois, todos os corpos permaneceram à disposição das equipes especializadas para a coleta de exames radiológicos, principalmente da cavidade bucal para que fosse realizada a comparação odontológica com eventuais exames prévios das vítimas do acidente. Também foi realizada a coleta de material biológico para eventual exame de DNA.

A unidade Central do IML de São Paulo permanece trabalhando exclusivamente na identificação dos corpos das vítimas do acidente. Ainda não há prazo para a conclusão. Conforme boletim do governo de São Paulo divulgado na tarde de ontem, 45 corpos foram identificados e 27 liberados aos familiares, que são os primeiros a serem informados sobre o andamento do trabalho de reconhecimento. Os outros cinco estão em processo de liberação e aguardam documentação complementar para liberação para velório e posterior sepultamento.

O fato de algumas vítimas terem sido atingidas pelo fogo quase seguiu à queda é um complicador. “Com a labareda, alguns corpos foram queimados, já após as mortes. Hoje, temos a certeza de que todas as vítimas tiveram morte por politraumatismo. Temos a convicção e a certeza científica de que todos morreram de politraumatismo. A aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos sofreram politraumatismo”, afirmou Reis.

NO PARANÁ

A aeronave KC-390 Millennium, da FAB, transportou ontem as primeiras urnas funerárias de São Paulo para Cascavel. A expectativa é de que seja realizado um velório coletivo no centro de eventos para quem desejar – 22 das vítimas são da cidade.

Mas alguns optaram por não esperar. Depois de uma longa espera, familiares e amigos velavam ontem à noite, na Associação Atlética Comercial, em Cascavel (PR), os corpos do empresário Antonio Deoclides Zini Junior, de 40 anos, e da fisioterapeuta Kharine Pessoa Zini. A família decidiu trazer os corpos de carro, em um percurso de 930 km.

O ex-goleiro do Cascavel Futsal era diretor da Transportadora Pra Frente Brasil, de propriedade da família. “Não é fácil a perda de um irmão dessa forma repentina, irreparável. Infelizmente, é um momento muito difícil para a família”, afirmou Jean Zini, um dos quatro irmãos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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