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Covid-19

Testes com a vacina Coronavac têm início a partir do dia 20, diz Doria

Na segunda estarão abertas as inscrições para selecionar 9 mil profissionais voluntários da Saúde que participarão

Por Agência Estado e Governo do Estado de São Paulo

06 de julho de 2020, às 13h53 • Última atualização em 06 de julho de 2020, às 21h29

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que os testes da vacina contra o novo coronavírus, a Coronavac – em desenvolvimento pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac -, têm início a partir do dia 20 de julho. Na última sexta-feira, 3, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a fase de testes clínicos.

“Esta é uma etapa de fundamental importância na vida do país e na vida e na saúde de milhões de brasileiros. Toda a pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisa do mundo, que tem mais de 100 anos de atividades e é o maior produtor de vacinas da América Latina e um dos maiores do mundo”, disse Doria.

Fábrica da Sinovac terá capacidade de produzir entre 300 e 500 milhões de doses até o fim do ano – Foto: Design photo created by freepik – www.freepik.com

Segundo o governador, na próxima segunda-feira estarão abertas as inscrições para selecionar os 9 mil profissionais voluntários da Saúde que participarão dos testes a serem realizados em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul.

O processo de testagem será iniciado no dia 20. Os profissionais de saúde não podem ter sofrido infecção provocada pelo coronavírus, não devem participar de outros estudos e não podem estar grávidas ou planejarem uma gravidez nos próximos três meses. Outra restrição é que não tenham doenças instáveis ou que precisem de medicações que alterem a resposta imune.

Na capital paulista foram selecionados o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein. Ainda no estado de São Paulo participarão a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas), Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

As pesquisas serão realizadas, ainda, na Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

Produção
O instituto está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses. Se a vacina for efetiva, o Instituto Butantan vai receber da Sinovac, até o fim do ano, 60 milhões de doses para distribuição.

“No mundo, são 136 vacinas em desenvolvimento, 12 em estudos clínicos e apenas três estão na terceira fase (de testes clínicos), incluindo a do Butantan Sinovac”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas.

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