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Em entrevista

Testemunha diz que viu Edison Brittes enforcando jogador Daniel

Daniel foi encontrado morto em um matagal na zona rural da cidade, parcialmente degolado e com o pênis cortado, em 27 de outubro do ano passado

Por Agência Estado

05 de agosto de 2019, às 17h53 • Última atualização em 05 de agosto de 2019, às 18h39

Considerado uma das principais testemunhas na investigação da morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, Lucas Stumpf, conhecido como Lucas Mineiro, afirmou, em entrevista, que viu o empresário Edison Brittes Júnior, o Juninho Riqueza, enforcando o ex-atleta do Botafogo e do São Paulo. Brittes é réu confesso do caso e está preso.

“No momento em que eu olhei pela janela, eu vi ele (Daniel) na cama sendo enforcado. Eu vi o Edison enforcando ele em cima da cama, batendo em cima da cama”, afirmou Stumpf à RPC, emissora afiliada à Rede Globo no Paraná. “Ele (Daniel) estava de cueca e camiseta.”

Foto: Divulgação
Ex-jogador Daniel (foto) foi morto e ainda teve órgão genital decepado no Paraná

O crime aconteceu no dia 27 de outubro, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. Daniel foi encontrado morto em um matagal na zona rural da cidade, parcialmente degolado e com o pênis cortado.

Segundo a reportagem da TV, Stumpf já prestou depoimento à Justiça e foi a primeira pessoa a denunciar o caso à polícia. Ele estava na comemoração do aniversário de 18 anos de Allana Brites, filha de Brittes, em uma casa noturna de Curitiba, e foi um dos convidados para a continuidade da festa na residência da família.

Em depoimento à Polícia Civil, Brittes afirmou que assassinou Daniel porque o jogador tentou estuprar sua mulher, Cristiana Brittes. As investigações apontam, porém, que não houve tentativa de abuso sexual.

Ainda de acordo com o canal paranaense, Cristiana pediu ajuda.

“Ela pedia socorro, e eu não sei dizer se o socorro dela era por algo que aconteceu com ela mas, no meu entendimento, no meu ver do momento dos fatos, era que o pedido de socorro era para o Daniel”, disse a testemunha à RPC.

Já a filha teria pedido para que parassem com as agressões ao jogador.

“Eu escutava ela falar muito: ‘Meu Deus, o que está acontecendo?'”, declarou Stumpf.

A testemunha disse à afiliada da Globo que também pediu para que Brittes não batesse em Daniel, mas que foi ameaçada pelo empresário.

“No momento em que eles estavam agredindo ele, eu cheguei e falei: ‘Para, para’. Ele (Brittes) só olhou para mim e falou: ‘Sai fora, se você não vier me ajudar, sai fora; senão, você é o próximo'”, declarou Stumpf na entrevista.

À RPC, o advogado que defende a família Brittes, Cláudio Dalledone, afirmou que a testemunha entrevistada não falou a verdade e que ela quer “aparecer”.

“Se isso fosse verdade, teria sido consignado, teria sido dito por ele quando foi ouvido em juízo e nada aconteceu nesse sentido. Menos ainda, na fase policial”, disse à TV Dalledone. “Ele tenta, junto com o advogado dele, ganhar, nesse momento, um protagonismo. Ele quer, na verdade, aparecer.”

Já a defesa de Stumpf, realizada pelo advogado Jacob Filho, declarou à afiliada da Globo que o protagonismo no caso Daniel foi e é de Brittes.

“Ele decepou o órgão genital de Daniel, que foi assassinado de forma brutal sem poder se defender. Esta manobra que o advogado Dalledone tenta fazer para amedrontar a testemunha e seu advogado é em vão”, declarou à TV Jacob Filho. “Nós não temos medo, não nos acovardamos, não pertencemos a este grupo criminoso, que infelizmente não respeita limites.”

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