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Cotidiano

Sistema vai permitir ver desmatamento via satélite com atraso de 24h

Por Agência Estado

04 de julho de 2020, às 10h09 • Última atualização em 04 de julho de 2020, às 10h28

O governo federal vai utilizar um sistema de acompanhamento por satélite que confere um atraso de apenas 24 horas para monitorar situações como desmatamento, queimadas e abertura de estradas clandestinas para o tráfico de drogas. A informação é do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, segundo quem o sistema permite uma “rapidez muito grande” no acompanhamento, com boa precisão.

O governo federal enfrenta um período de pressão em razão de sua política ambiental, após ser duramente criticado por 29 instituições financeiras internacionais. Como mostrou o Estadão/Broadcast, ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Defesa, Justiça e Itamaraty já se reuniram para levantar dados de cada pasta e, a partir dessas informações, consolidar uma carta de resposta aos investidores.

Em live promovida pelo BTG Pactual, Mendonça afirmou que o sistema de acompanhamento também será disponibilizado aos Estados. “É feito numa rapidez muito grande, com um delay de apenas 24 horas, e com precisão de três metros apenas do satélite. E vamos disponibilizar isso para os Estados e fazendo tudo pelo Fundo Nacional da Segurança Pública”, disse.

No ano passado, reportagem do Estadão/Broadcast mostrou que uma tecnologia de monitoramento privado estava em teste pelo governo. As imagens, do sistema Planet, trazem vantagens para a produção de alertas de perda florestal porque são feitas com frequência diária e apenas 3 metros de resolução, ante 10 a 30 metros dos satélites Sentinel e Landsat, os principais usados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O Planet pertence a uma companhia dos Estados Unidos, mas é fornecido localmente pela empresa brasileira Santiago & Cintra, do interior de São Paulo. A empresa é responsável por processar as imagens e interpretá-las.

O Ministério da Justiça foi procurado para informar se o sistema é o mesmo citado nesta sexta pelo ministro, mas até o momento de publicação do texto não houve retorno da pasta.

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