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Cotidiano

Sem Guarulhos, Grande SP deve seguir capital em antecipação de feriados

Por Agência Estado

19 de maio de 2020, às 15h42 • Última atualização em 19 de maio de 2020, às 15h49

A maioria das prefeituras dos 39 municípios da Grande São Paulo deve seguir a capital e decretar, uma vez que tenha autorização das câmaras de vereadores, a antecipação de feriados para os próximos dias como forma de estimular o isolamento social e conter a disseminação do novo coronavírus, disse ao Broadcast Político o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi (PSDB). Mais cedo, ele se reuniu virtualmente com os governantes municipais da região metropolitana.

Há, contudo, uma ausência notável na lista de adesões, já que Guarulhos, a segunda maior cidade paulista, descartou a medida. Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura local informa que seguirá apenas a eventual antecipação do feriado estadual da Revolução Constitucionalista, de 9 de julho para a próxima segunda-feira (25), se esta for aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Vinholi reconheceu que o desfalque é “importante”.

Segundo o secretário, os demais municípios se dividem entre os que vão antecipar feriados locais para quarta-feira (20) e quinta-feira (21), a exemplo da capital, e aqueles que vão fazê-lo para a semana que vem, na terça-feira (26) e na quarta-feira (27). Ele diz que dez deles já enviaram projetos de lei às câmaras municipais buscando autorização para a medida.

Em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) decretou ainda ponto facultativo na sexta-feira (22). Nesse caso, o feriado estendido deve chegar a seis dias se a Alesp cumprir as expectativas e aprovar, na quinta-feira, o projeto de lei do governador João Doria (PSDB) pela antecipação do feriado da Revolução Constitucionalista. Para que isso aconteça, os deputados estaduais terão de aprovar, ainda hoje, o regime de urgência da matéria, apreciá-la amanhã no Congresso de Comissões e, no dia seguinte, dar seu aval definitivo em plenário.

Diante do que já é chamado de “megaferiadão”, surgiu o temor de um fluxo em massa de turistas rumo às praias do litoral paulista. Em entrevista coletiva mais cedo, o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, advertiu não se tratar de um feriado de lazer, e sim “um feriado de ficar em casa”. “É justamente nossa obrigação, como cidadãos, colaborar para que o distanciamento social se coloque numa taxa que se compatível que seja o que a gente espera”, afirmou.

Vinholi afirma que o governo do Estado receberá, até as 16h (de Brasília) de hoje, as solicitações de apoio dos municípios litorâneos para ações de restrição da entrada de turistas que, segundo o secretário, contarão com agentes da Polícia Rodoviária Estadual, da Polícia Militar (PMESP), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e do Centro de Vigilância Sanitária.

“Estamos na reta final, no auge da epidemia na região metropolitana. Essa é a estratégia com que estamos trabalhando para chegar a esse resultado”, aponta Vinholi, referindo-se a uma taxa de isolamento da população superior a 55%, vista recentemente apenas em fins de semana e feriados.

Ele diz, ainda, ter “estranhado muito” a atitude do prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), que, pelas redes sociais, criticou a proposta do governo estadual e da prefeitura da capital afirmou que vai entrar na Justiça pedindo autorização para fechar os acessos à cidade. “É o único prefeito que não está dialogando com o Estado.”

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