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Covid-19

São Paulo anuncia na quarta-feira abertura de novos leitos para coronavírus

Medida será tomada diante do aumento de internações em leitos de terapia intensiva no Estado de São Paulo e do risco de colapso do sistema de saúde

Por Marina Zanaki

01 de março de 2021, às 15h50 • Última atualização em 01 de março de 2021, às 15h53

A Secretaria de Estado da Saúde vai anunciar novos leitos para o novo coronavírus (Covid-19) na próxima quarta-feira (3).

A medida será tomada diante do aumento de internações em leitos de terapia intensiva no Estado de São Paulo e do risco de colapso do sistema de saúde.

Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn disse que os hospitais de campanha do estado poderão ser reabertos em novo formato – Foto: Governo do Estado de São Paulo

O Conselho de Desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas) enviou um apelo ao governador João Doria (PSDB) pela abertura de novos leitos na região.

Os pedidos se referem à transformação do Hospital de Campanha de Santa Bárbara d’Oeste em uma unidade de alta complexidade, com leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva); retorno do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Campinas para Hospital de Campanha do coronavírus; e mais leitos na Unicamp.

Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn disse que os hospitais de campanha do estado poderão ser reabertos em novo formato. Ao invés de unidades específicas, eles devem funcionar em hospitais que já estejam em funcionamento para otimizar recursos humanos.

“Estamos redimensionando e redirecionando leitos, seja de UTI ou de enfermaria de Covid para todo o Estado, com programação de abertura de novos leitos especialmente em hospitais de campanha, que deverão ocorrer dentro unidades hospitalares, até porque precisamos de unidades intensivas”, disse o secretário.

O médico voltou a dizer que a falta de profissionais é uma dificuldade para reabertura de hospitais de campanha.

“Já tínhamos recursos humanos (na primeira onda), mas temos que lembrar que quem esta crescendo tanto quanto Covid são formas graves de outras doenças que não Covid. Aneurismas, infartos, acidentes, que também dividem equipes, não tenho assistência só ao Covid. Quando a gente dizia fique em casa, ninguém era atropelado e batia o carro, hoje isso está acontecendo”, afirmou Gorinchteyn.

Variantes aumentam a velocidade e gravidade da pandemia
O médico analisou que a segunda onda da pandemia apresenta velocidade e características clínicas diferentes da primeira onda. Ele relacionou os dois aspectos às novas variantes do vírus, já identificadas no estado.

“Pacientes mais jovens, entre 30 e 50 anos, e com condição clínica mais comprometida. Pior, acabam permanecendo período muito mais prolongado em terapia intensiva em relação à primeira onda”, disse o secretário.

Gorinchteyn revelou que o período médio de internação de pacientes com coronavírus saltou de 7 a 10 dias, para 14 a 17 dias.

“Hoje 60% estão ocupando unidades de terapia intensiva, e víamos na primeira onda o contrário, 60% das ocupações era nas enfermarias, e só 40% em UTIs”, afirmou Jean.

Nesta segunda-feira, há 7.173 pacientes internados em leitos intensivos, entre suspeitos e confirmados para coronavírus. Esse número é o recorde de internações simultâneas por Covid-19 desde o início da pandemia. A ocupação de leitos intensivos no Estado está em 73,2%, enquanto na região de Campinas está em 76%.

As novas internações aumentaram 18% na semana passada em São Paulo, em relação à anterior (foram 1.823 novos internados contra 1.541).

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