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Covid-19

Prefeitura vê falhas em hospital da Prevent Senior

Hospital Sancta Maggiore, administrado pela operadora Prevent Sênior, que já confirmou cinco mortes pelo novo coronavírus em sua rede

Por Agência Estado

21 de março de 2020, às 08h03 • Última atualização em 21 de março de 2020, às 11h49

Foto: Divulgação
Órgão da Prefeitura disse ter constatado a existência de casos suspeitos não notificados no hospital

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que a Vigilância Epidemiológica realizou inspeção no Hospital Sancta Maggiore, administrado pela operadora Prevent Sênior, que já confirmou cinco mortes pelo novo coronavírus em sua rede. O órgão da Prefeitura disse ter constatado a existência de casos suspeitos não notificados no hospital, “incluindo casos que levaram pacientes à morte por covid-19”. “A falta de notificação dos casos suspeitos impede que a vigilância tome conhecimento e consequentemente adote as medidas necessárias”, informou em nota a secretaria.

A pasta acrescentou que a Vigilância fará contato para acompanhamento de quem teve contato com os casos suspeitos. O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou haver falhas nos fluxos internos dos hospitais e até número inadequado de profissionais.

Mas não há punição prevista. “O primeiro procedimento nesse caso é uma autuação, determinada pelo órgão técnico, para que corrijam as falhas. Esse é o procedimento legal, previsto em lei. Caso se comprovem problemas, é uma alteração de comportamento, de funcionamento e da gestão do hospital”, sem punições imediatas.

O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a família da primeira vítima do coronavírus no País reclamou da falta de acompanhamento do governo e da Prevent Senior. Parentes que tiveram contato com o porteiro aposentado de 62 anos disseram não ter feito testes para a doença. Em outro caso, a família de um aposentado, de 77 anos, ficou um dia inteiro sem saber a causa do óbito, pois não foi avisada pelo hospital.

Em nota, a Prevent Senior disse que “a acusação de não avisar pacientes, isso não procede”. “A rede segue todos os protocolos médicos e éticos estipulados pelas organizações governamentais de saúde”, disse Nelson Wilians, advogado da empresa. “O atendimento prestado por nossos médicos e funcionários e procedimentos se tornaram referência. Outros planos de saúde e hospitais nos procuram para pedir orientações.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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