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Brasil

PM que matou homem em sessão de cinema alega ter agido após agressão a criança

Por Agência Estado

09 de julho de 2019, às 22h00 • Última atualização em 10 de julho de 2019, às 09h43

Um policial militar ambiental foi preso em Dourados (MS), acusado de matar um homem durante uma sessão de cinema na tarde desta segunda-feira, 8. Em depoimento à polícia, Dijavan dos Santos alegou que ele e o filho de dez anos foram agredidos pelo bioquímico Julio César Cerveira Filho.

Segundo a polícia, a arma usada pelo acusado não possui registro e foi apreendida com 12 munições. A prima da vítima diz que o homem estava acompanhado da filha e da esposa na sessão de cinema e que ambas estão abaladas psicologicamente, por isso, ainda não prestaram depoimento.

O caso aconteceu por volta das 14h no Shopping Avenida Center e gerou tumulto no local.

Segundo a polícia, Santos diz que estava com os dois filhos na sala de cinema, quando a vítima começou a abrir e fechar os braços e pernas, batendo na criança de dez anos. Santos diz que trocou de lugar com o menino e pediu para que a vítima parasse com aquele comportamento. Cerveira Filho teria, então, ofendido o policial e depois passou a agredi-lo com chutes e socos que o atingiram nas pernas e no rosto.

O acusado diz que outras pessoas que estavam no cinema pediram para que Cerveira Filho parasse com as agressões. Ele seguia para a porta de saída, mas, ao passar pelo filho do policial, desferiu um tapa no rosto da criança.

O acusado diz que anunciou que chamaria a polícia e os dois saíram do estabelecimento, mas a vítima teria dito para “resolverem ali mesmo”. Santos diz que então se identificou como policial e mostrou a arma, uma pistola calibre 40. A vítima tentou tomar a arma dele e, durante a luta corporal, houve um disparou acidental.

O homem morreu no local.

O caso foi registrado na 1ª Delegacia da Polícia Civil, onde foi constatado que o policial apresenta ferimento no rosto, baixo do olho direito. Segundo a polícia, a arma utilizada no crime não possui registro e foi apreendida, juntamente com 12 munições de mesmo calibre.

Durante o registro da ocorrência, a prima da vítima, acompanhada de um advogado, relatou que Julio estava acompanhado da filha e da esposa no cinema e que ambas estão abaladas psicologicamente, não podendo assim prestar depoimento. A polícia solicitou exame de corpo de delito. Está prevista para as próximas horas uma audiência de custódia com o policial.

Júlio Cesar Cerveira Filho era bioquímico e neto do ex-prefeito José Cerveira, que administrou a cidade de Dourados em 1982 e 1983.

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