Cotidiano
PM que apontou fuzil para manifestante no Rio vai responder administrativamente
Por Agência Estado
01 de junho de 2020, às 08h22 • Última atualização em 01 de junho de 2020, às 11h24
Link da matéria: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/brasil/pm-que-apontou-fuzil-para-manifestante-no-rio-vai-responder-administrativamente-1221091/
O policial militar que apontou um fuzil para o rosto de um manifestante desarmado, na tarde deste domingo, vai responder “administrativamente por ter ferido o protocolo interno”, informou a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, por meio da assessoria de imprensa. O episódio ocorreu no bairro de Laranjeiras, em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, na zona sul carioca.
O manifestante participava de um protesto contra o racismo no Brasil, na mesma linha do que acontece nos últimos dias nos Estados Unidos. No Rio, os participantes pediam o fim da morte de jovens negros nas favelas – como a do menino João Pedro, de 14 anos, morto neste mês durante operação policial no Complexo do Salgueiro, no município de São Gonçalo. Ele estava dentro de casa quando foi atingido.
O protesto na zona sul carioca começou pacificamente, mas, segundo imagens da GloboNews e de vídeos publicados nas redes sociais, tropas da Polícia Militar usaram tiros de borracha e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Em nota, a PM afirmou que, na dispersão da manifestação, “um grupo mais exaltado começou a arremessar pedras no Palácio Guanabara e nos policiais militares”. Argumentou também que um manifestante conseguiu entrar no Palácio e danificou uma viatura.
“Naquele momento, houve necessidade de fazer o uso de instrumento de menor potencial ofensivo para conter os manifestantes. Na ação uma pessoa foi encaminhada para a delegacia”, complementou. O policial que apontou o fuzil para o manifestante atuava no bloqueio do trânsito e na segurança da tropa, de acordo com a PM.