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Cotidiano

PF prende Kyrill Kravchenko, um dos maiores traficantes de animais do mundo

Biólogo russo, segundo a PF, integra uma complexa rede internacional de tráfico de animais silvestres e teve o passaporte apreendido

Por Agência Estado

15 de julho de 2021, às 13h02 • Última atualização em 15 de julho de 2021, às 14h35

Biólogo já foi preso ao menos outras três vezes com animais silvestres nativos do Brasil - Foto: Divulgação - Polícia Rodoviária Federal

Em uma ação conjunta com o Ibama, a Polícia Rodoviária Federal e a Interpol, a Polícia Federal prendeu Kyrill Kravchenko, apontado como um dos maiores traficantes de animais e plantas do mundo. O biólogo russo, segundo a PF, integra uma complexa rede internacional de tráfico de animais silvestres e teve o passaporte apreendido.

Kravchenko foi alvo da Operação Leshy, aberta no mês passado. O juízo da 1ª Vara Federal de Guarulhos, no entanto, só autorizou a divulgação dos detalhes da ofensiva nesta quarta, 14. Segundo a PF, o nome da operação, faz alusão a um deus da mitologia eslava, protetor das florestas e dos animais selvagens.

“No folclore eslavo, acredita-se que Leshy seja trapaceiro e confunda os viajantes que adentram as florestas para caçar os animais. No Brasil, ele pode ser considerado semelhante ao Curupira e ao Caipora”, explicou a corporação.

O biólogo já foi preso ao menos outras três vezes: com animais silvestres nativos do Brasil, em 2017, no aeroporto de Amsterdã, na Holanda; e duas vezes neste ano, no aeroporto de Guarulhos, em janeiro, e no Rio de Janeiro, em junho; sempre com grandes quantidades de lagartos, aranhas, sapos, cobras e insetos.

De acordo com os investigadores, a rede internacional de tráfico de animais silvestres da qual Kravchenko faz parte tem ocorrências registradas na Alemanha, República Tcheca, Polônia, Itália, Espanha, Finlândia, Bielo-Rússia, Madagascar, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Nova Zelândia, Austrália, Japão, México, Argentina, Equador, Brasil, Rússia, além de países do sudeste asiático.

Os investigadores suspeitam que a ‘atividade criminosa’ do biólogo foi mantida através do envio de animais por via postal, o que será apurado. De acordo com a PF, entre os animais traficados pelo biólogo estavam até espécies ameaçadas de extinção.

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