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Cotidiano

Pesquisa indica que nova mutação pode deixar coronavírus mais resistente à vacina

Por Agência Estado

02 de fevereiro de 2021, às 16h37 • Última atualização em 03 de fevereiro de 2021, às 09h17

A agência de Saúde Pública da Inglaterra informou que a variante B.1.1.7 do coronavírus, identificada pela primeira vez em dezembro, no Reino Unido, ganhou uma mutação preocupante que pode tornar mais difícil o controle da cepa com vacinas, segundo publicação do The New York Times.

A agência afirmou nesta segunda, 1º, que a taxa de infecção dessa variante é de 25% a 40% maior do que em outras cepas. Há também indícios de que ela pode ser mais letal. Outros 72 países já relataram infecções com a B.1.1.7. Testes realizados pelas farmacêuticas que desenvolveram imunizantes contra a covid-19 sugerem que essa variante pode ser contida por vacinação.

Por outro lado, na África do Sul, uma nova cepa, a B.1.351, que já superou a transmissão de outras variantes e se tornou dominante, apresentou uma mutação que a torna mais resistentes aos imunizantes da Novavax e Johnson & Johnson.

Os cientistas apontaram que a mutação E484K sofrida pela variante sul-africana torna mais difícil para os anticorpos se prenderem ao vírus e impedi-lo de entrar nas células. Agora, pesquisadores descobriram que alguns coronavírus B.1.1.7 no Reino Unido também têm a mutação.

Kristian Andersen, virologista do Scripps Research Institute, defende que ainda não é possível dizer se isso deixará a variante britânica mais contagiosa ou resistente às vacinas. “É muito cedo para especular se isso acontecerá, então teremos de esperar pelos dados”, disse.

Testes de laboratório da universidade de Cambridge sugeriram que para o sistema imunológico neutralizar as variantes do vírus com a mutação E484K são necessárias 10 vezes mais anticorpos. Os pesquisadores também perceberam que somente uma dose da vacina pode não estimular o sistema imunológico adequadamente.

O Reino Unido já registrou mais de 3,8 milhões de casos confirmados de covid-19 e mais de 108 mil mortes relacionadas à doença, segundo levantamento da universidade americana Johns Hopkins.

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