Brasil
Justiça condena João de Deus a 19 anos de prisão por crimes sexuais
Médium foi preso no dia 16 de dezembro do ano passado, sob a acusação de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável
Por Agência Estado
19 de dezembro de 2019, às 15h54 • Última atualização em 19 de dezembro de 2019, às 17h51
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A Justiça de Goiás condenou nesta quinta-feira, 19, o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, a 19 anos de prisão por crimes sexuais. A decisão é da juíza Rosângela Rodrigues, da comarca de Abadiânia, no interior do Estado.
João de Deus foi preso no dia 16 de dezembro do ano passado, sob a acusação de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável, crimes que teriam sido praticados contra centenas de mulheres na instituição em que atendia pessoas em busca de atendimento espiritual.
A condenação desta quinta-feira é a primeira por crimes sexuais. O caso está sob segredo de Justiça. O médium ainda responde a mais dez denúncias por crimes sexuais e outras duas por porte ilegal de arma de fogo. Em junho, a defesa de João de Deus recorreu ao Supremo Tribunal Federal para rever sua prisão preventiva.
A defesa alegou que João de Deus, além de idoso – ele tem 77 anos -, é portador de insuficiência coronariana, e que sua custódia “estaria fundamentada apenas no clamor público e no abalo à paz e à tranquilidade pela eventual soltura” do líder espiritual.
O caso foi analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que negou a concessão de prisão domiciliar ou conversão da preventiva do médium por outras medidas cautelares alternativas.