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Covid-19

Pesquisa no RJ usa plasma de pacientes curados

Ideia é usar o plasma de pacientes curados para transfusão aos doentes, estimulando o organismo a combater o vírus

Por Agência Estado

06 de abril de 2020, às 15h04 • Última atualização em 06 de abril de 2020, às 18h58

Foto: Image by Ahmad Ardity from Pixabay
Essa técnica já foi usada nas epidemias de ebola e H1N1 e surge como mais uma estratégia possível de tratamento

O Hemocentro do Rio (Hemorio) começa a estudar esta semana o uso da técnica do chamado plasma convalescente no tratamento de pessoas com quadro grave da covid-19. A ideia é usar o plasma (a parte do sangue com contem os anticorpos) de pacientes curados para transfusão aos doentes, estimulando o organismo a combater o vírus. Essa técnica já foi usada nas epidemias de ebola e H1N1 e surge como mais uma estratégia possível de tratamento para o novo coronavírus.

O Hemorio já havia estudado a técnica em parceria com a Fiocruz e a Universidade de Pittsburgh, nos EUA, contra o vírus da dengue, obtendo resultados promissores.

“É uma alternativa terapêutica promissora que poderá dar uma nova chance a muitas pessoas”, afirmou o secretário de saúde do Estado, Edmar Santos. “Estamos empenhados em avançar nos estudos e, se os resultados vierem, será mais um meio de salvarmos vidas. Quanto menos pessoas infectadas ao mesmo tempo, menos mortes.”

O diretor do Hemorio, Luiz Amorim, explicou que cada bolsa de plasma coletada pode fornecer tratamento para até três pessoas. O plasma doado pelos pacientes curados ficará na unidade e será distribuído mediante solicitação dos hospitais que tratam casos graves do novo coronavírus.

“A expectativa é que haja melhora da evolução da doença e redução da mortalidade nos pacientes que receberem a terapia, além de os riscos serem praticamente zero”, afirmou Amorim. “No entanto, só os resultados dos estudos determinarão se a abordagem é de fato eficaz.”

França, Canadá, Israel e Espanha também estão se preparando para usar o plasma convalescente contra a covid-19, como já está sendo feito nos Estados Unidos. Resultados obtidos com pacientes na China indicam bons resultados.

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