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Cotidiano

Fumaça do Pantanal que chega a SP pode agravar casos de doenças respiratórias

Por Agência Estado

18 de setembro de 2020, às 15h18 • Última atualização em 18 de setembro de 2020, às 16h34

A fumaça das queimadas no Pantanal que chegou a São Paulo na quinta-feira, 17, pode ter um impacto grave na saúde da população paulistana. Junto com o ar seco e ao tempo frio, a fuligem presente no ar se torna um risco especialmente preocupante para idosos, fumantes e pessoas com doenças respiratórias crônicas.

“Isso coincide com um período que é complicado. Sempre que a gente tem o ar frio, seco e poluído é a pior condição para quem tem doenças de via respiratória. E essa fumaça que vem é um problema ambiental mundial, mas que está chegando a São Paulo agora, que já é uma cidade com alto índice de poluição”, explica Silvio Cardenuto, médico assistente do pronto socorro da Santa Casa.

Essa tríade de más condições no ar (seco, frio e poluído) atinge principalmente os grupos de risco citados acima e pode agravar quadros de bronquite e rinite crônicas, asma, idosos com “pulmão senil”, gestantes, pessoas imunossuficientes e com outras doenças respiratórias. Para se prevenir, Cardenuto recomenda o uso de máscaras, que diminui a inalação de partículas, boa hidratação e a umidificação dos ambientes internos, com baldes de água e toalhas molhadas.

Outra recomendação que Cardenuto indica é a de evitar aglomerações, uma medida que já deveria ser cumprida em função do novo coronavírus. Caso haja o agravamento de qualquer sintoma, como aumento de tosse, falta de ar, mudança na expectoração, cansaço anormal ou sangramento nasal, é preciso procurar atendimento médico.

“Existe uma conjunção de fatores que minimizou esse risco e a população já vinha se cuidando com o uso de máscara por causa da pandemia. Então, o impacto só não é maior por causa disso”, afirma. Mesmo a chuva negra que pode chegar à capital neste fim de semana pode ser benéfica neste caso, já que ela aumenta a umidade do ar. “Ela pode minimizar um pouco a parte das vias respiratórias, mas o problema ambiental permanece, claro.”

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