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Minas Gerais

Falsa enfermeira suspeita de aplicar vacinas é colocada em liberdade provisória

Mulher teria aplicado ao menos 80 vacinas em garagem de empresa em Belo Horizonte, mas doses seriam falsas

Por Agência Estado

03 de abril de 2021, às 20h56 • Última atualização em 04 de abril de 2021, às 09h57

A falsa enfermeira presa pela Polícia Federal sob suspeita de aplicar vacinas contra a Covid-19 na garagem de uma empresa de ônibus em Belo Horizonte foi solta na tarde deste sábado, 3. Ela deixou a Penitenciária Estevão Pinto, na capital mineira, após ser beneficiada por um habeas corpus concedido no plantão judiciário do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Cuidadora de idosos, a mulher teria aplicado pelo menos 80 vacinas na garagem da viação Saritur, controlada pelos irmãos Robson e Rômulo Lessa, que admitiram a organização do evento de imunização. O caso foi revelado pela revista piauí.

A suspeita, no entanto, é de que a falsa enfermeira tenha usado soro fisiológico no lugar do que afirmou ser imunizante fabricado pela Pfizer contra o novo coronavírus. A empresa negou que tenha comercializado a vacina no País.

A prisão flagrante, na última terça, 30, havia sido convertida em preventiva após audiência de custódia. A detenção foi justificada pelo artigo 373 do Código de Processo Penal, que prevê pena de dez a 15 anos de reclusão para quem “falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais”.

A mulher entrou agora em liberdade provisória.

Vídeos obtidos pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostram pessoas sendo vacinadas dentro de carros na noite do último dia 23. As imagens foram gravadas por vizinhos do local, que denunciaram o esquema clandestino de imunização.

As denúncias e a reportagem levaram a Polícia Federal a abrir uma frente de investigação e deflagrar a Operação Camarote, que fez buscas na sede da companhias de ônibus e em endereços ligados aos empresários.

A compra de vacinas pela iniciativa privada foi liberada mês passado, mas a lei exige a doação de 100% das doses ao Sistema Único de Saúde (SUS) até que todas as pessoas dos grupos prioritários sejam imunizadas e de pelo menos 50% após essa etapa.

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