Cotidiano
Estudos da Coronavac atingem número mínimo de infectados
Expectativa é que o Comitê Internacional divulgue a eficácia da vacina na primeira semana de dezembro
Por Marina Zanaki
23 de novembro de 2020, às 13h57
Link da matéria: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/brasil/estudos-da-coronavac-atingem-numero-minimo-de-infectados-1369582/
A fase três dos estudos da Coronavac atingiram o número mínimo de 61 infectados pelo novo coronavírus (Covid-19) e os estudos clínicos foram abertos.
A partir de agora, a eficácia da vacina será analisada pelo Comitê Internacional Independente. Após essa análise, a Anvisa (Agência Nacional de VIgilância Sanitária) vai receber os resultados para então decidir sobre sua liberação.
Segundo o Secretário do Estado de Saúde, Jean Gorinchteyn, a expectativa é que o Comitê Internacional divulgue a análise dos resultados na primeira semana de dezembro.
“A expectativa é que em janeiro a Anvisa tenha aprovado a Coronavac. Com os 46 milhões de doses disponíveis até lá o Instituto Butantan, junto com o Sistema Nacional de Imunizações, terá a possibilidade de vacinar os brasileiros de todo o país”, disse o secretário.
O número mínimo de 61 infectados entre os voluntários do estudo ocorreu na semana passada, de acordo com o Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
“O número mínimo aconteceu na semana passada e autorizamos a abertura do estudo clínico. Hoje já estamos com 74 casos e a análise dos casos se iniciou. Portanto rapidamente, na primeira semana de dezembro, teremos resultado dessas análises. O Comitê Internacional controlador do estudo deverá validar esses resultados e produzir relatório que será encaminhado à Anvisa e ao mesmo tempo para o órgão correspondente à Anvisa na China”, explicou Dimas Covas.
A expectativa é que o órgão chinês aprove os resultados ainda em dezembro.
A coletiva de imprensa desta segunda-feira (23) foi realizada na sede do Instituto Butantan, responsável por coordenar o estudo da Coronavac no país. O governador João Doria (PSDB), que normalmente conduz as coletivas, não esteve presente. Jean Gorinchteyn explicou que a decisão ocorreu para afastar uma politização da vacina.