O Estado de São Paulo registrou a semana com mais novos casos de coronavírus (Covid-19) desde o início da pandemia, em março. Foram registrados na semana passada 11.300 contaminações.

Até então, o pico de novos casos havia sido 10.828, na 33ª semana epidemiológica de 2020, em agosto.

Em relação à semana anterior, houve acréscimo de 9% nos casos, 12% nas internações e 7% dos óbitos.

“Hoje seria um dia que deveríamos estar festejando a vinda das vacinas. Mas ainda temos muito pouco para vacinar o que precisaria para diminuir a história da pandemia no Estado e no País”, disse o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn.

“Os adultos e jovens foram os maiores transmissores e disseminadores da doença. De forma irresponsável, se expuseram, levaram para casa, para pais, tios e avós, e fazendo que essas pessoas ficassem internadas e muitos morressem”, finalizou o secretário.

Taxa de ocupação
Se houvesse uma nova reclassificação do Plano São Paulo nesta segunda-feira, a região poderia recuar à fase laranja por conta de dois indicadores.

O índice de novos casos nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes está em 396,7 na região de Campinas, acima do limite de 360 da fase amarela.

Além disso, a região atingiu a marca de 70,1% dos leitos de UTI Covid ocupados. Essa é a mesma taxa de ocupação da Grande SP, que recebeu comentários do secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn.

“A impressão que se dá ainda tem mais 30% de sobra. Mas temos que entender que algumas regiões já tiveram hospitais atingindo marca de 100% de ocupação. Redimensionamos para outros hospitais da região, mas até quando conseguiremos? Não podemos só ampliar leitos, precisamos diminuir a circulação da doença”, disse o secretário.

Os outros dois indicadores – novos óbitos e internações nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes – ainda não ultrapassaram o limite da fase amarela. Os índices estão, respectivamente, em 6,1 e 40,5.

Na região de Campinas, o Hospital das Clínicas da Unicamp terá 13 novos leitos de UTI Covid. Segundo a Secretaria de Saúde, a capacidade do hospital estadual vai passar de 17 para 30 leitos.

O secretário de Saúde disse que o governo não descarta reabrir hospitais de campanha, mas lembrou que atualmente há uma grande dificuldade relacionada à falta de recursos humanos para atuarem em mais leitos.