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Cotidiano

Escolas de samba de SP terão menos componentes, máscara e passaporte da vacina

Protocolos para o desfile deste ano foram divulgados pela Prefeitura de São Paulo nesta quarta-feira

Por Agência Estado

19 de janeiro de 2022, às 15h19 • Última atualização em 19 de janeiro de 2022, às 16h53

A Prefeitura de São Paulo divulgou nesta quarta-feira, 19, os protocolos sanitários para a realização dos desfiles das escolas de samba. As obrigações incluem o uso obrigatório de máscaras, a redução do número de componentes e a exigência do passaporte da vacina, dentre outras. A Liga Independente das Escolas de Samba concordou com as normas e, também, decidiu pela suspensão do quesito “harmonia” na edição deste ano do carnaval.

Liga Independente das Escolas de Samba concordou com as normas – Foto: Divulgação / Liga SP

A exigência do passaporte da vacina, com ao menos duas doses contra a covid-19, será cobrada para o público nas catracas de acesso. No caso dos componentes, as escolas deverão realizar um pré-cadastro para identificar se estão com a vacinação completa. Não vacinados não poderão acessar o local, nem como espectadores, nem como desfilantes.

Todos deverão utilizar máscaras de proteção facial, incluindo as equipes técnicas e os fornecedores. O evento está marcado para 25 a 28 de fevereiro e 5 de março (desfile das campeãs).

A lotação será abaixo da habitual, com 70% dos espectadores em todos os setores – incluindo arquibancada, camarote e pista. Entre os desfilantes, a redução será de 25% no Grupo Especial (de 2 mil para 1,5 mil pessoas), de 20% no Acesso 1 (de 1 mil para 800) e de 37,5% no Acesso 1 (de 800 para 500).

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Com as mudanças, a Liga decidiu suspender o quesito “harmonia” (que avalia o envolvimento dos componentes ao cantar e interpretar o samba enredo, o que fica prejudicado com o uso das máscaras) neste ano. Segundo os protocolos, os chefes de ala serão responsáveis por conferir se as fantasias estão completas com as máscaras e, caso contrário, a escola estará sujeita a uma perda de pontos no quesito “fantasia”.

Os protocolos municipais também abrangem um controle de público na concentração e na dispersão, com a determinação de um horário para cada agremiação e o transporte dos desfiles em ônibus da Prefeitura. Serão cerca de 50 veículos para cada agremiação, cada um com 30 a 35 pessoas fantasiadas.

De acordo com a gestão municipal, na chegada na concentração, as escolas terão um espaço com capacidade para 20 mil pessoas para organizar os desfilantes (até 1,5 mil pessoas). O procedimento deverá seguir a mesma norma na dispersão, com o transporte dos componentes em ônibus municipais, a fim de evitar aglomerações no transporte coletivo.

Os ensaios técnicos de janeiro estão cancelados em janeiro. Segundo a Prefeitura, uma nova grade será elaborada para fevereiro, com um ensaio por escola e controle de acesso e exigência de apresentação do passaporte da vacina e do uso de máscaras. Há a recomendação que os mesmos requisitos ocorram nos ensaios nas quadras.

A elaboração dos novos protocolos foi motivada pelo avanço da variante Ômicron, que tem impulsionado o aumento de casos e internações por coronavírus. As normas foram definidas por técnicos ligados à Secretaria Municipal da Saúde e discutidas em reuniões com outros setores da Prefeitura e com a Liga.

O documento destaca ainda que a situação sanitária pode ainda resultar em um eventual cancelamento total do evento, como ocorreu em 2021, “caso haja mudança importante no cenário epidemiológico da covid-19 na cidade”. O carnaval de rua está cancelado na cidade desde 6 de janeiro.

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