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Covid-19

Doria rebate prazo do governo federal e diz que SP iniciará vacinação contra Covid-19 em janeiro

Expectativa é que resultados dos testes da vacina saiam na próxima semana; aplicação emergencial depende da Anvisa

Por Marina Zanaki

03 de dezembro de 2020, às 13h44 • Última atualização em 03 de dezembro de 2020, às 15h28

O governador João Doria (PSDB) criticou o prazo dado pelo Ministério da Saúde para início da vacinação contra coronavírus (Covid-19) em março de 2021. O tucano confirmou que a previsão em São Paulo é iniciar a vacinação em janeiro.

“Registro a minha indignação em relação ao anúncio feito ontem, pelo governo federal de que iniciaria a imunização somente em março. Surpreende essa indiferença com a vida dos brasileiros. Por que iniciar a imunização em março se podemos fazer em janeiro, como outros países que estão começando em dezembro. Vamos perder mais 60 mil vidas para então começar a vacinação?”

João Doria, Governador do Estado de São Paulo
Segundo o governador, o Estado não irá esperar que se confirme a previsão do governo federal – Foto: Governo de São Paulo

“De forma responsável e seguindo rigorosamente a lei, cumprindo com protocolo da Anvisa, em janeiro vamos iniciar a vacinação de brasileiro em São Paulo. Não vamos aguardar março e nem enterrar mais brasileiros”, disse o governador.

O segundo lote de doses da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, chegou a São Paulo na manhã desta quinta-feira (3).

A remessa de 600 litros a granel do imunizante corresponde a um milhão de doses, que serão envasados pelo Butantã nos próximos dias. O Estado já havia recebido 120 mil doses da Coronavac em novembro.

“Até a primeira quinzena de janeiro, teremos no Estado de São Paulo 46 milhões de doses da vacina contra Covid disponíveis para a população. Se o Ministério da Saúde tiver juízo, competência e a visão que a vacinação deve ser para todos os brasileiros, poderá oferecer a Coronavac a outros estados”, disse Doria durante a coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.

O acordo entre o governo do Estado, o Instituto Butantã e a Sinovac prevê 46 milhões de doses da vacina. Dessas, 6 milhões vão chegar ao Brasil prontas para aplicação. A empresa chinesa deve enviar matéria-prima para produção, envase e rotulagem das outras 40 milhões.

De acordo com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantã, a produção começa a partir de segunda-feira (7). Até o dia 15 de dezembro, o instituto deve apresentar os resultados da fase 3 do imunizante, que avalia a eficácia da vacina.

“Estamos em uma corrida para a vacinação para o mais rápido possível salvar pessoas. Não podemos nos habituar com esquemas tradicionais de vacinação, estamos em uma situação de emergência”, finalizou o diretor.

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