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Covid-19

Doria admite medidas duras caso não haja ‘comportamento adequado’ na reabertura

Governador disse que aplicará medidas mais duras de distanciamento social, incluindo lockdown, se regras para reabertura não forem cumpridas

Por Agência Estado

28 de maio de 2020, às 13h49 • Última atualização em 28 de maio de 2020, às 16h16

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o Estado aplicará medidas mais duras de distanciamento social, incluindo lockdown, caso não haja “comportamento adequado” da população durante a reabertura gradual. A declaração foi em entrevista à Rádio Eldorado nesta quinta-feira, 28.

As novas regras começam a valer a partir da próxima segunda-feira, 1.º de junho, quando as regiões paulistas serão enquadradas em diferentes escalas, de acordo com a resposta à pandemia do novo coronavírus.

“Se não houver comportamento adequado, e isso colocar em risco a vida das pessoas, poderá haver uma volta à fase anterior. O que determina isso são dados, informações e os números de UTIs disponíveis. Temos o protocolo do lockdown pronto, que está acima da fase vermelha. Esperamos não ter de avançar até ele. Não há expectativa, neste momento, de que seja aplicado. Mas, se for necessário, poderá ser”, disse Doria.

A definição do estágio de cada região do Estado causou muita polêmica entre os prefeitos – sobretudo pela cidade de São Paulo ter ficado na fase dois, a laranja, que permite a reabertura de atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings centers. Até mesmo o aliado Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo do Campo, reclamou dos critérios.

Doria evitou entrar em confronto com o tucano. O governador garantiu que as considerações de Morando e de outros prefeitos do Grande ABC, como Paulo Serra (PSDB), de Santo André, serão levadas em conta nas reuniões dos comitês de saúde e de economia.

“O governo de São Paulo está aberto ao diálogo. O princípio da retomada consciente é heterogêneo, e não homogêneo. As fases foram apresentadas de maneira muito precisa. É uma visão muito específica na situação regional, na disponibilidade de UTIs, no crescimento ou não de infectados e no índice de isolamento social”, explicou.

O mandatário afirmou que, mesmo diante da reabertura de shoppings, “não há clima” para sair às compras. Ele recomendou que a população tente economizar dinheiro, pois ainda há um “longo tempo de convívio” com a crise da covid-19.

“A crise não vai cessar em junho ou julho. Não é hora de consumir, de passear, de celebrar. É hora de ficar em casa. Se tiver que comprar presente no Dia dos Namorados, use a internet. Guarde seu dinheiro, mantenha sua poupança, pois ainda teremos um longo período de convívio com a covid-19. A partir do dia 1º de junho, temos uma nova quarentena. Não é liberação”, alertou.

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