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Cotidiano

CoronaVac previne 98% das mortes por Covid, diz estudo feito na Indonésia

Pesquisa também mostrou que a vacina teve efetividade de 96% na prevenção de hospitalizações

Por Agência Estado

13 de maio de 2021, às 14h58 • Última atualização em 13 de maio de 2021, às 18h28

Butantan diz ter concluído a entrega das doses no dia 15 de setembro, mas o Ministério afirma que ainda não recebeu o total devido - Foto: Prefeitura de Santa Bárbara d'Oeste / Divulgação

Um estudo realizado na Indonésia, apresentado na quarta-feira, 12, mostrou eficácia inédita de 98% na prevenção de mortes após imunização com a CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. A pesquisa também mostrou que a vacina teve efetividade de 96% na prevenção de hospitalizações e 94% contra infecções sintomáticas da doença. No Brasil, o imunizante é produzido pelo Instituto Butantan.

Essa é a taxa mais alta já identificada em estudos com a CoronaVac. As descobertas do estudo, patrocinado pelo Ministério da Saúde da Indonésia, foram baseadas em dados de pelo menos 120 mil trabalhadores da saúde acompanhados na capital Jacarta. Eles receberam a vacina entre janeiro e março deste ano com intervalo de 21 a 28 dias entre a primeira e a segunda dose.

Uma versão anterior e menor do estudo, envolvendo cerca de 25.000 pessoas, já tinha revelado os mesmos dados de efetividade para hospitalização e infecção. A proteção contra a morte foi de 100% no grupo menor, segundo informou o ministro da saúde da Indonésia, Budi Gunadi Sadikin, em uma entrevista na terça-feira, 11.

Informações da Associação Médica Indonésia mostraram, em paralelo, que o número de baixas entre médicos por Covid-19 caiu significativamente desde que a vacinação na Indonésia começou este ano. Em janeiro, 64 médicos morreram por complicações da doença, a maior taxa desde o início da pandemia. O número, no entanto, caiu pela metade em fevereiro e para oito em abril.

Nos testes clínicos de fase 3 da vacina na Indonésia, a eficácia primária – proteção da vacina contra a doença em qualquer intensidade – foi de 65,3%, enquanto os estudos na Turquia indicavam 91,25%. No Brasil, os primeiros resultados, divulgados em janeiro, apontavam 50,38% de imunização inicial e 78% em casos moderados da Covid-19. Em abril, um artigo preliminar, liderado pelo Butantan e submetido à revista científica The Lancet, já demonstrava elevação da eficácia do imunizante.

A CoronaVac utiliza o vírus inativo SARS-CoV-2 e deve ser administrada em duas doses, podendo ser mantida em geladeiras normais a temperaturas entre 2 e 8 graus. No Brasil, o esquema de imunização é feito com intervalo de 14 dias entre a primeira dose e a dose de reforço. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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