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Campinas

Com dez mil casos de coronavírus, Campinas proíbe venda de bebida em conveniência

Cidade está na fase vermelha do Plano São Paulo de reabertura econômica, mas as conveniências de postos estavam enquadradas em serviços essenciais

Por Agência Estado

07 de julho de 2020, às 16h51 • Última atualização em 04 de fevereiro de 2021, às 14h53

Um decreto municipal proibiu, a partir desta terça-feira, 7, a venda de bebidas alcoólicas em lojas de conveniência de postos de combustíveis, em Campinas. De acordo com o prefeito Jonas Donizette (PSB), a medida visa a evitar aglomerações e a disseminação do novo coronavírus. Nesta terça, a cidade passou a marca de dez mil casos positivos de infecção pelo vírus – já são 10.474, dos quais 524 confirmados nas últimas 24 horas. No mesmo período, morreram 11 pessoas, elevando o número de óbitos para 384.

A medida vale por 30 dias, podendo ser prorrogada – Foto: Divulgação

Campinas está na fase 1 (vermelha) do Plano São Paulo de reabertura econômica, mas as conveniências de postos estavam enquadradas em serviços essenciais. O prefeito decidiu pela medida após receber relatório da Guarda Civil Municipal com 456 ocorrências no último fim de semana relacionadas a “pancadões”, aglomerações e perturbação do sossego. Muitas foram registradas em postos.

“Os postos de gasolina com conveniência se tornaram pontos de encontro. A loja pode vender, mas a pessoa não pode beber no local. No entanto, compram a bebida e bebem ali mesmo, causando aglomeração”, disse Donizette.

A medida vale por 30 dias, podendo ser prorrogada. Em caso de descumprimento, a conveniência pagará multa de R$ 1,4 mil, dobrada se houver reincidência. Persistindo, pode ter o alvará cassado. Eventual autuação não será extensiva ao posto de combustível. Campinas possui cerca de 250 postos com conveniência. Com 448 pessoas internadas devido ao vírus, a cidade mantinha índice de 90% de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para a doença nesta terça.

Multas para quem organizar festas

Em Bauru, também no interior paulista, os vereadores aprovaram na segunda-feira, 6, multa de R$ 15 mil para quem organizar festas e eventos que gerem aglomerações durante a pandemia. Os frequentadores também serão multados em R$ 500. O projeto considera como aglomeração a reunião de dez ou mais pessoas com fins recreativos, em locais públicos ou privados. O texto foi encaminhado para sanção do prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSDB).

Em sentido oposto, na mesma sessão, a Câmara derrubou veto do prefeito a projeto de lei que institui o plano estratégico de reabertura do comércio. O projeto de iniciativa dos vereadores prevê a retomada das atividades econômicas sem levar em conta as regras do Plano São Paulo, do governo estadual.

Gazzetta vetou o projeto por entender que a proposta contraria inclusive outros decretos municipais. Representantes do Sindicato do Comércio e da Associação Comercial acompanharam a votação, transmitida em um telão para comerciantes e funcionários que tomavam a frente do prédio. Na fase vermelha (1) do plano estadual, Bauru tem 1.985 casos e 35 mortes pela Covid-19.

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