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Cotidiano

Com carnaval incerto, Prefeitura de SP aprova ao menos 440 blocos para 2022

Lista inclui desfiles de grande porte, realizados tanto por blocos paulistanos, quanto liderados por agremiações de outros Estados e artistas de repercussão nacional

Por Agência Estado

29 de novembro de 2021, às 17h13 • Última atualização em 29 de novembro de 2021, às 17h41

Número final de blocos paulistanos aprovados pode ser ainda maior, pois a gestão municipal não terminou a avaliação - Foto: Divulgação / Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo divulgou os primeiros 440 blocos de rua que tiveram a inscrição aprovada para desfilar no carnaval de 2022. A lista inclui desfiles de grande porte, realizados tanto por blocos paulistanos, como Acadêmicos do Baixo Augusta, Agrada Gregos, Minhoqueens e Tarado Ni Você, quanto liderados por agremiações de outros Estados e artistas de repercussão nacional, como Anitta, Pabllo Vittar, Gloria Groove, Daniela Mercury, Alceu Valença, Elba Ramalho, Pocah, Monobloco e Galo da Madrugada, dentre outros.

O anúncio ocorre dias após ao menos 70 prefeituras de São Paulo, como de São Luiz do Paraitinga e Ubatuba, divulgarem o cancelamento da edição do próximo ano. Novas discussões sobre a realização de eventos de grande porte (como o réveillon) também têm ganhado espaço, especialmente pela escalada de casos da covid-19 em outros continentes e a descoberta de uma nova variante de preocupação. A realização do evento no ano que vem divide especialistas.

O carnaval de rua está em fase de organização e planejamento pela gestão Ricardo Nunes (MDB), que anunciou a patrocinadora oficial (uma subsidiária da Ambev) no início do mês e está com outros procedimentos em andamento relativos ao evento. A decisão final sobre a realização da festividade deverá ser anunciada até o fim de dezembro, com base em dados epidemiológicos, como cobertura vacinal e número de internados, segundo a Prefeitura.

O número final de blocos paulistanos aprovados pode ser ainda maior, pois a gestão municipal não terminou a avaliação de todas as 867 inscrições. A lista dos 440 blocos inclui ao menos um cortejo que não será mais realizado: o da cantora Preta Gil, que anunciou no domingo ter desistido de levar o Bloco da Preta às ruas em 2022. Além disso, como mostrou reportagem do Estadão, parte dos blocos se inscreveu com hesitação e decidirá se desfilará de fato apenas mais perto da data.

Segundo a Prefeitura, de forma geral, os mesmos percursos programados para 2020 serão mantidos. Após falar em repetir o público da edição anterior, com 15 milhões de pessoas, a gestão Nunes agora já tem expectativa de 18 milhões de foliões durante a programação, concentrada majoritariamente em oito dias, 19 e 20 de fevereiro (pré-carnaval), 26, 27, 28 de fevereiro e 1º de março (carnaval) e 5 e 6 de março (pós-carnaval).

Em paralelo, a Liga Independente das Escolas de Samba lançou um manifesto no sábado, 27, pela realização dos desfiles do sambódromo. Com ingressos à venda e a produção de carros e fantasias acelerada nos últimos meses, a entidade tem defendido que o evento seja mantido, mesmo que com adaptações. Também tem destacado que ocorre ao ar livre e com a plateia sentada. “Diga não ao negacionismo, à irresponsabilidade, ao elitismo e ao preconceito contra a cultura popular”, diz a campanha.

Inscrições de desfiles caíram 9,68% no carnaval de rua de SP

Após crescimento ano a ano nas edições anteriores, as inscrições para o próximo carnaval caíram 9,68%. Foram 867 solicitações de desfiles para 2022, ante as 960 de 2020.

O número de desfiles realizados em comparação aos inscritos costuma cair até o carnaval, por motivos relacionados a patrocínio, organização e outros. Em 2020, por exemplo, o Estadão noticiou que mais de 30% do total desistiu até quatro dias antes do início da programação. Naquele ano, foram realizados 670 desfiles, de acordo com balanço municipal.

A desistência precisa ser notificada com antecedência. Em 2022, o prazo mínimo é de 30 dias e a punição para o descumprimento é a proibição de desfilar por dois anos seguidos. Outra regra é que a dispersão deverá ocorrer às 19 horas.

As inscrições também caíram no Rio, de 731 para 620, uma redução de 15,18%. Por lá, os números também costumam variar até a chegada do carnaval. Do total em 2020, por exemplo, 441 foram autorizados a ocorrer.

Uma pesquisa do Observatório do Turismo da Prefeitura, feita em 2020, apontou que 73,6% dos foliões moram na cidade e que 50,4% vai a mais de um desfile. Entre os visitantes, 59,3% vivem na Grande São Paulo, 20,7% no interior paulista, 19,4% em outros Estados e 0,6% fora do País.

Outro dado apontado no levantamento é que o público majoritariamente utiliza transporte coletivo para ir aos desfiles, principalmente ônibus ou trem (51,4%) e ônibus (31,6%). Durante a programação, são frequentes casos de estações e veículos com alta lotação.

Em coletiva realizada em outubro deste ano, a Prefeitura destacou que 85% do público frequenta cerca de 10% dos blocos, de médio e grande porte. Os chamados megablocos geralmente são liderados por agremiações populares (como o Acadêmicos do Baixo Augusta, por exemplo) e artistas famosos, como a cantora Daniela Mercury e outros, e ficam concentrados em grandes vias, como a Rua da Consolação e o entorno do Parque do Ibirapuera, dentre outras.

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