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Cotidiano

Caiado desiste de aumentar restrições à circulação e reclama de falta de apoio

Por Agência Estado

14 de maio de 2020, às 15h04 • Última atualização em 14 de maio de 2020, às 15h51

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), desistiu de assinar um novo decreto que ampliaria as restrições à circulação de pessoas no Estado, vistas por ele como necessárias para desacelerar o ritmo de contágio pelo novo coronavírus na unidade federativa. A desistência foi comunicada nesta quinta-feira, 14, pelo governador, em entrevista a um telejornal local.

Caiado disse estar perdendo apoio popular em virtude das medidas de distanciamento social defendidas por ele e colocadas em prática em Goiás desde a primeira quinzena de março. “Um decreto tem que ter participação do governo, das entidades de classe, dos prefeitos, das autoridades e o sentimento da população. Não vale a pena fazer um decreto por fazer decreto”, explicou o governador. Nesta quarta, 13, em uma live, Caiado chegou a defender que quem desejasse viajar por Goiás fosse obrigado a apresentar laudo negativo para coronavírus.

Há semanas, Goiás tem apresentado os piores índices na taxa de isolamento social entre todos os Estados brasileiros. Ontem o feito se repetiu, quando o Estado registrou índice de isolamento de 36,94%, de acordo com compilamento feito pelo monitor do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo o Ministério da Saúde, Goiás já confirmou 1.134 casos de covid-19, dos quais 61 resultaram em morte do paciente.

Na entrevista desta quinta-feira à TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo, Ronaldo Caiado reclamou também da decisão tomada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), de proibir que hospitais públicos aceitem pacientes com covid-19 vindos de municípios do Entorno, do qual fazem parte cidades goianas como Planaltina, Luziânia e Águas Lindas de Goiás. “Os trabalhadores de Goiás que moram em Goiás são domésticos, de limpeza ou de outros órgãos do Estado, que trabalham em Brasília e moram em Goiás. Essas pessoas se contaminaram em Brasília”, argumentou Caiado, que disse ter ligado para Ibaneis duas vezes para falar sobre a medida, mas não foi atendido.

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