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Covid-19

Brasil tem recorde de infecções em 24h e já é o 4º em mortes por coronavírus

País registrou 33.274 novos casos de infecção, elevando o total de contaminados para 498.440; mortes chegaram a 28.834

Por Agência Estado

30 de maio de 2020, às 19h36 • Última atualização em 31 de maio de 2020, às 07h13

Com 33.274 novos casos de infecção e 956 óbitos pelo novo coronavírus (Covid-19) em 24 horas, um dia após ultrapassar a Espanha, o Brasil superou neste sábado (30) a França em número de mortes, se tornando o quarto país no mundo com a maior quantidade de vítimas fatais.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, enquanto o país europeu tem 28.717 mil mortes, o Brasil acumula o saldo total de 28.834. A taxa de letalidade é de 5,8%, ou 13,7 mortes a cada 100 mil habitantes.

O Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos (103,4 mil mortes), Reino Unido (38,4 mil) e Itália (33,3 mil), mas estes dois últimos já passaram pelo pico da doença e apresentam números cada vez menores.

Além disso, de acordo com o balanço do Ministério da Saúde divulgado neste sábado, o País tem um total de 498.440 contaminados. Em números absolutos, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de infecção por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam 1,7 milhão.

Mais de 268,7 mil casos ainda aguardam resultado de exame. Os laboratórios públicos e privados realizaram 930 mil testes no total, um número muito baixo em relação ao tamanho da população e aos outros países com muitos casos positivos.

A testagem é considerada uma das principais ferramentas de combate ao coronavírus, pois é possível detectar as pessoas infectadas, mesmo aquelas que são assintomáticas, e isolá-las, a fim de evitar a propagação.

O secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, voltou a dizer na coletiva realizada na sexta que o Ministério da Saúde não trabalha com estimativa de pico do coronavírus, pois o Brasil se trata de um país continental e as doenças se comportam de forma distinta nas regiões.

“A gente está trabalhando com doença nova com certo nível de complexidade. Muitas pessoas têm sintomas leves, acabam não procurando o sistema de saúde e podem transmitir o vírus para outras pessoas. A maioria dos casos que aparecem é de sintomas mais pronunciados”, explicou.

O Brasil está perto de ter meio milhão de infectados, mas Estados como São Paulo e Ceará já falam em uma retomada gradual das atividades. O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) decretou neste sábado a reabertura de igrejas e parques na região.

O Estado de São Paulo, que desde o início é o epicentro da doença, anunciou um programa de relaxamento das medidas distanciamento social, o Plano São Paulo, que passa a vigorar a partir do dia 1º.

De ontem para hoje, a região teve 5,5 mil novos casos de contaminação e 257 mortes, elevando o total para 107,1 mil e 7,5 mil respectivamente. Os três maiores recordes de número de novos casos por dia da pandemia, desde março, foram atingidos, nesta quinta (6,3 mil), sexta (5,6 mil) e sábado.

Podcast Além da Capa
O novo coronavírus representa um desafio para a estrutura de saúde de Americana, assim como outros municípios da RPT (Região do Polo Têxtil), mas não é o primeiro a ser encarado. H1N1, dengue, malária, febre maculosa. Outras doenças também modificaram rotinas, exigiram cuidados além do trivial – ainda que não tenha havido quarentena, como agora – e servem de experiência para traçar paralelos com o atual cenário. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com a repórter Marina Zanaki, que assina uma série de reportagens sobre outras epidemias em Americana.

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