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Cotidiano

Brasil deve buscar 100% de autonomia, dizem especialistas

Por Agência Estado

27 de março de 2021, às 08h45 • Última atualização em 28 de março de 2021, às 11h19

Para pesquisadores brasileiros envolvidos em outros estudos de imunizantes contra a covid-19, é importante ter uma vacina nacional porque isso pode nos dar autossuficiência na produção das doses – sem ficar na dependência de receber insumos estrangeiros, como ocorre atualmente com a Coronavac, no Butantan, e a vacina de Oxford/AstraZeneca, na Fiocruz.

“Tudo isso tem de ocorrer: investimento em pesquisa, buscar um produto nacional. Só assim vamos ter uma autonomia, porque até agora estamos reféns do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo)”, comenta a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin Vaccine.

Mas, na visão da pesquisadora, o cronograma apresentado pelo Instituto Butantan não parece muito realista. “É muito otimista, ainda mais considerando todos os atrasos de divulgação de dados que ocorreram com a Coronavac”, diz.

Para o imunologista Jorge Kalil, do Incor, que também está pesquisando uma alternativa de vacina brasileira, a vantagem do imunizante feito com o vírus da doença Newscastle é que ele poderá ser produzido com facilidade pela fábrica que o Butantan já tem para a vacina da gripe. “Mas o importante de uma vacina é a descoberta, não apenas a produção”, destacou o pesquisador ao Estadão.

Kalin observa que mesmo a vacina da Farmacore, em parceria com a USP e o Ministério da Ciência e Tecnologia, também tem uma parceria de desenvolvimento com os Estados Unidos. “Não dá, neste momento, para falar em nenhuma vacina desenvolvida 100% no Brasil”, diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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