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Medicamentos

Anvisa rejeita plantio de maconha, mas assunto pode voltar à pauta

Medicamentos a base de maconha podem ser fabricados e vendidos no País, mas plantio da erva foi vetado por enquanto

Por Agência Estado

03 de dezembro de 2019, às 16h08 • Última atualização em 03 de dezembro de 2019, às 18h46

Depois de aprovar, por unanimidade, a fabricação e venda de medicamentos a base de maconha no País, a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu vetar o plantio da erva em território nacional para fins científicos e medicinais. O único voto favorável ao plantio foi o do presidente da Agência, William Dib. Três diretores votaram contra o cultivo.

Dessa forma, as empresas que se instalarem no Brasil para produzir medicamentos a base de cannabis precisarão importar os insumos para fabricar seus produtos. Essas empresas também poderão importar os produtos prontos, já com as bulas traduzidas para o português.

Apesar da não aprovação do plantio, Dib disse que hoje é um “dia m

Foto: Pixabay
Anvisa rejeitou liberar plantio de maconha em solo brasileiro, mesmo que para fins medicinais

uito importante. Temos muito o que comemorar aqui dentro da Agência”, afirmou ele, que continuou: “O Brasil vai continuar sendo dependente de insumos. O objetivo de regulamentar o plantio era fazer plantio seguro, de qualidade e eficaz”.

Dib acredita que, no futuro, o debate do plantio poderá voltar à agenda da Anvisa ou do Congresso Nacional. “O assunto não sairá da pauta. O importante hoje é comemorar que as pessoas vão ter acesso. A classe médica vai poder receitar, o cliente vai poder comprar, e a Anvisa vai poder fiscalizar. Isso é um grande feito.”

O presidente da Anvisa afirmou ainda que, a partir do início do próximo ano, os remédios a base de maconha já devem estar disponíveis nas farmácias do país. Atualmente apenas um medicamento a base de maconha pode ser comercializado no Brasil.

Sobre críticas que vem recebendo de ministros do governo, Dib rebateu dizendo que não é papel da Anvisa fazer política, mas ciência.

“Eu não defendo governo. Não protejo governo. Vim aqui defender a saúde da população. A Anvisa, sob minha direção ou não, tem que fazer ciência. Não quer fazer proselitismo político”.

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