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Covid-19

Anvisa libera CoronaVac para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos

Em decisão unânime, agência autoriza uso do imunizante para novo público; crianças imunossuprimidas devem ser vacinadas com a Pfizer

Por Talita Bristotti

20 de janeiro de 2022, às 13h27 • Última atualização em 20 de janeiro de 2022, às 14h00

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta quinta-feira (20) a aplicação da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, incluindo um veto ao uso em pessoas com baixa imunidade.

A decisão foi unânime. Ao todo, cinco diretores votaram a favor da liberação: Meiruze Sousa Freitas, Alex Machado Campos, Rômison Rodrigues Mota, Cristiane Rose Jourdan e o próprio diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.

O Instituto Butantan pedia a aprovação da CoronaVac para a faixa etária de 3 a 17 anos, mas análise da área técnica da Anvisa considerou que os dados apresentados até agora são robustos apenas para a faixa etária de 6 a 17 anos.

O esquema vacinal para crianças é o mesmo recomendado para os adultos: duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias. A vacina será a mesma já aplicada na população em geral.

De acordo com análise de Gustavo Mendes, gerente de medicamentos da Anvisa, crianças imunossuprimida têm condição de saúde diferente que exige uma proteção ainda maior. Para esse público, continua sendo indicada a aplicação da vacina pediátrica da Pfizer, que foi aprovada sem restrição de público para a partir dos 5 anos.

6 a 17 anos

A avaliação levou em conta, principalmente, um estudo de efetividade realizado no Chile com crianças que receberam a CoronaVac. Esse estudo com quase 2 milhões de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos que receberam CoronaVac mostrou que, entre o grupo totalmente imunizado, a efetividade da vacina foi de 74% para prevenir a infecção e doença sintomática.

A taxa sobe para 90% para prevenção de hospitalização e para 100% para prevenir admissão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), informou a diretora da Anvisa Meiruze Freitas.

“Vemos um indicativo importantíssimo do perfil de desempenho da vacina no que diz respeito a casos sintomáticos e também de hospitalização em crianças”, afirmou o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos.

Segundo Mendes, “a totalidade das evidências científicas disponíveis sugere que há benefícios e segurança para a utilização da vacina na população pediátrica”.

*Com informações da Agência Estado

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