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Especial Educação

Novos roteiros do intercâmbio

O dólar em alta e a busca por uma experiência única são alguns dos fatores que tornam esses destinos os mais desejados do momento

Por Débora de Souza

05 dez 2018 às 14:53

Foto: Fotolia
Destinos até então pouco visados ganham a atenção de quem pretende não só aprender um novo idioma, mas vivenciar o novo em todos os sentido

Estados Unidos, Inglaterra ou Canadá? Nem um, nem outro. O intercâmbio agora tem novos destinos: África do Sul, Malta e Nova Zelândia. Exóticos demais? Com certeza! Destinos até então pouco visados ganham a atenção de quem pretende não só aprender um novo idioma, mas vivenciar o novo em todos os sentidos e, aqui, o fator “aventura” conta muito (afinal, onde mais seria possível trabalhar em um santuário de leões se não em Cape Town?).

O custo-benefício é outra vantagem, segundo a consultora de viagens da Minds Travel, Lorena Peretti. “Os destinos têm um custo bem abaixo dos EUA e Inglaterra, e por isso têm atraído muitos estudantes”, frisa. Sem contar na beleza natural e riqueza cultural que oferecerem aos estudantes. Geralmente, os pacotes para EUA e Europa (Inglaterra e Irlanda) saem de 20% a 30% mais caros.

A possibilidade de trabalho em alguns destinos é outro atrativo. “As pessoas que buscam esse tipo de intercâmbio querem melhorar o inglês na prática, dar um ‘upgrade’ no currículo e, se for organizado, é possível fazer um ‘pé de meia’ fora do país”, diz a consultora de viagens da Nova Brasil Turismo, Franciele Barbosa.

África do Sul e Malta não exigem visto de entrada para brasileiros com estadia de até três meses, basta o passaporte. Na Nova Zelândia, o visto de turismo é concedido lá mesmo, para viajantes que ficarão até 90 dias no país. Agora, se há intenção de trabalhar, visto de estudante e visto de trabalho são obrigatórios nos três destinos.

Há escolas que sugerem vagas, mas na maioria das vezes é o estudante quem vai atrás de oportunidade de trabalho. “As escolas dão assessoria para montagem do currículo e como se portar nas entrevistas por lá. Porém, não auxiliam na procura por emprego, o estudante busca a vaga por conta própria”, explica Barbosa.

Tipos de Intercâmbio

High School: indicado para jovens de 14 a 19 anos, alunos regulares do Ensino Médio. O programa tem duração de seis meses a um ano. É uma ótima oportunidade de imersão do idioma.

Curso de idioma: é quando você vai para outro país aprender o idioma. Não há restrições de idade e, geralmente, dura em torno de 1 mês.

Curso de idioma + atividade: o foco deste programa abrange a cultura local ou alguma atividade específica, como atualização profissional, sem deixar o aprendizado do idioma de lado.

Trabalho voluntário: o intercambista é enviado para países onde ONG´s (organizações não-governamentais) de trabalho voluntário desempenham atividades junto às comunidades carentes ou resgate de animais selvagens. É a chance de aprender um idioma e contribuir para uma causa que julgue importante (é um programa bastante popular na África).

Fonte: Canada e TA

Se sua ideia é trabalhar no exterior…

Os três países – África do Sul, Malta e Nova Zelândia -, permitem associar estudos e trabalho, mas há regras.

Foto: Fotolia
Para todos os destinos, o estudante deverá apresentar comprovante de matrícula em escola reconhecida pelo governo local

A África do Sul autoriza o trabalho remunerado para estudantes que pretendem ficar mais de três meses no país (antes não é possível tirar o visto). Para estudantes de cursos de línguas, a atividade é liberada a partir da 13ª semana; já os estudantes do Ensino Superior podem trabalhar desde o início da estada no país. O visto de estudante e de trabalho devem ser solicitados junto à embaixada do país no Brasil.

Para trabalhar na Nova Zelândia basta o visto de estudante. O documento é concedido ao intercambista com estada superior a três meses e que comprovar matrícula em curso de inglês ou profissionalizante, com duração mínima de 14 semanas. É possível trabalhar até 20 horas durante as aulas e 40 horas no período de férias do curso profissionalizante.

Trabalhar em Malta é uma novidade e, por isso, as regras não estão muito claras ainda. O visto de trabalho deve ser solicitado por lá mesmo, pelo próprio estudante (já de posse do visto de estudante também emitido por lá). A atividade é permitida para intercambistas que ficarão no país por mais de três meses.

Para todos os destinos, o estudante deverá apresentar comprovante de matrícula em escola reconhecida pelo governo local, comprovante de custeio de toda a viagem e o visto de estudante. Outros documentos podem ser solicitados de acordo com as regras do país.

África do Sul

Foto: Divulgação
frica do Sul

O país é riquíssimo em cultura, arte e história, e conta com uma beleza natural diferente de outras partes do mundo. Os safaris, o encontro do deserto com o mar e outros cenários e experiências são atrativos únicos deste país. O ensino de qualidade e o custo de vida acessível, torna a África do Sul um dos destinos com melhor custo-benefício atualmente. O real valorizado é outra vantagem (1 rand, a moeda usada lá, equivale a R$ 0,37).

Cursos: há opção de High School com duração de 12 meses e cursos de idioma entre 2 a 12 semanas na cidade de Cape Town. Um curso de idiomas de 4 semanas com hospedagem (hostel, casa de família ou residência estudantil), city tour e teste de nível no idioma, varia de R$ 7.050 a R$ 10 mil (com passagem aérea, translado e seguro viagem).

Visto: o país não exige visto para estadas de até 90 dias.

Nova Zelândia

Foto: Divulgação
Nova Zelândia

Cenário de filmes como a trilogia Senhor dos Anéis, a natureza favorece ainda a prática de esportes radicais. Auckland é a maior cidade da Nova Zelândia e o principal centro financeiro e econômico. Uma dica: o dólar neozelandês é mais em conta que o dólar americano (1 dólar AUD equivale a R$ 2,60).

Curso: há opção de cursos de idiomas a partir de 2 semanas. Um curso de 4 semanas com acomodação tripla (hostel), taxa de matrícula e material, sai a partir de R$ 6.025 (não inclui passagens aéreas, traslados, seguro viagem e alimentação).

Visto: o visto de turismo é emitido lá mesmo, para viajantes que ficarão até 90 dias no país. Para programas com mais de 3 meses de duração, é exigido visto de estudante e de trabalho (se for trabalhar também). É possível pedir o visto de estudante online. Já o visto de trabalho é emitido no país, mediante apresentação do visto de estudante.

Emirados Árabes

Foto: Fotolia
Emirados Árabes

Dubai é a cidade mais rica do país e também a que mais atrai turistas e empresários. Construída no meio do deserto, mescla tradição com modernidade e ostenta algumas das mais belas obras da engenharia, em terra e no mar. Inglês intermediário é a única exigência nesse intercâmbio.

Curso: o curso tem duração mínima de três meses e combina estudo de idioma inglês + trabalho. É possível optar por curso de graduação e pós-graduação. O programa inclui hospedagem em residência estudantil e sai em torno de R$ 12.760 (não inclui passagens aéreas, traslados, seguro viagem e alimentação).

Visto: é emitido pela própria escola em que o estudante está matriculado. O documento permite o trabalho remunerado no país. É possível estender o curso por mais 6 meses. Passando esse período, o intercambista precisa retornar ao Brasil e passar pela imigração de novo.

Foto: Fotolia
Malta

Malta

É uma ilha localizada próximo ao sul da Itália. Um lugar paradisíaco com águas cristalinas e vida noturna agitada. É o país europeu com menor custo de vida. Outro atrativo é a possibilidade de viajar para outros países da Europa como Grécia e Itália, que estão mais próximos.

Cursos: há opção de cursos de idioma de 1 a 3 meses de duração. Um curso de 4 semanas com hospedagem (hostel, casa de família ou residência estudantil), alimentação (meia pensão), translado e teste de nível de idioma, varia de R$ 8 mil a R$ 11 mil (com passagem aérea, seguro viagem).

Visto: o país não exige visto para estadas de até 90 dias.