Nutrição
Alimentação a favor do aprendizado escolar
Entenda como a ingestão de alimentos ricos em vitamina E, magnésio e ômega 3 podem ajudar a criança com dificuldades de aprendizado
Por Débora de Souza
11 set 2018 às 14:14
Link da matéria: https://liberal.com.br/arquivo-de-noticias/revista-l/sabores/alimentacao-a-favor-do-aprendizado-escolar-870159/
A infância é um período de descobertas e muito aprendizado. Por vezes, os estímulos externos são tantos que os pequenos têm dificuldade para manter o foco nas atividades que desenvolvem, em especial no meio escolar, podendo acarretar em problemas de compreensão e, consequentemente, no aprendizado e no comportamento. Uma maneira de mudar esse cenário é incluir alimentos como vegetais escuros, frutas, grãos e sementes ricos em vitamina E, magnésio e ômega 3, nutrientes que favorecem a concentração e memória.
“A fase escolar, que vai dos 6 aos 10 anos de idade, é muito intensa e envolve o rápido desenvolvimento de habilidades intelectuais e motoras, muitas vezes interligadas no seu aprendizado. A inclusão desses alimentos melhora a capacidade de aprendizagem, linguagem, memória e concentração da criança”, explica a pediatra Denise Katz.
Os pequenos não são os únicos beneficiados com essa alimentação. Estudos apontam que os adolescentes também apresentam melhora da capacidade de planejamento e resolução de problemas, concentração, aprendizagem verbal e ortografia, e melhor rendimento escolar.
Segundo Katz, o ômega 3 é essencial para a manutenção das membranas celulares dos neurônios e de suas bainhas de mielina (se assemelham a uma cauda). Uma célula saudável realiza mais e melhores sinapses (ligações) entre os neurônios, fazendo com que os estímulos nervosos cheguem rapidamente a regiões do cérebro responsáveis pela atenção, concentração e memória.
A vitamina E reforça a comunicação entre as células e beneficia o sistema imunológico da criança, enquanto o magnésio evita falhas de memória e a irritabilidade, além de regular a glicose no sangue e dar energia ao pequeno.
Alimentos amigos dos estudantes
1 – Magnésio:
Espinafre, semente de abóbora, peixe cavala, arroz integral, abacate, banana, chocolate amargo, couve, acelga, feijão preto, coentro, castanha de caju e salmão;
2 – Vitamina E:
Manteiga de amendoim, espinafre, brócolis, tomate, manga, kiwi, abacate, semente de girassol, avelã, amendoim, damasco, amora, óleo de oliva e óleo de girassol;
3 – Ômega 3:
Peixes, oleaginosas (nozes, castanhas, etc), óleo de canola, linhaça, camarão, couve, semente de chia.
E quando a criança não come?
Nem toda criança gosta de comer brócolis, sementes de abóbora, abacate e peixes, por exemplo. Quando há recusa é hora de colocar a criatividade em prática.
A “CARA” DO ALIMENTO. Vale mudar a apresentação do alimento (fazer bolinhos, por exemplo), carinhas, formatos cativantes (estrela ou bichos) e caprichar nas cores (deixando o prato bem colorido);
NOME CRIATIVO. Os pais também podem criar nomes interessantes para as receitas que façam parte do universo infantil (como personagens famosos, etc).
PRAZER POR COMER. Ao preparar receitas para crianças, a ideia é tornar a refeição prazerosa e garantir que consumam os nutrientes necessários.
SUPLEMENTOS. A pediatra Denise Katz sugere incrementar a alimentação com suplementos de DHA e EPA, além de ácidos graxos insaturados presentes no ômega 3. “A suplementação com vitaminas e ômega-3 é uma orientação que segue essa rotina, e ajuda a suprir as deficiências da alimentação no dia-a-dia”, diz ela. Um médico deverá ser consultado para indicar a suplementação adequada para a criança.