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Nada inúteis!

A SMU mostrou todo o potencial do profissional de moda que não se restringe a ser alguém que faz roupas

Por Núria de Oliveira

25 set 2015 às 13:56 • Última atualização 20 jan 2017 às 16:42

O que faz um profissional de moda? Faz roupas? Vive estiloso? Com o tema “A gente NÃO somos inútil!”, a SMU (Semana de Moda Unisal) deste ano mostrou para o público todo o potencial de um formando de moda. O evento, que rolou durante toda essa semana no campus Dom Bosco, foi organizado pelos alunos do sexto semestre do curso de Moda que tiveram como foco derrubar todo o preconceito entorno do profissional.
De acordo com a estudante Jéssica Aldrey Forti, 21, todos os anos as escolhas dos temas são feitas a partir de um conceito geralmente mais comum e – claro – relacionado à moda. Para ela, a volta do comando da Semana de Moda aos estudantes proporciona um olhar diferenciado e jovem para a programação. “No início os temas não eram muitos sugestivos e diferentes, porém, pesquisando um pouco mais e pensando em revolucionar, abrimos questões ao público com a seguinte pergunta: o que você acha que faz um estudante de moda? As respostas foram incrivelmente desconexas com o que realmente um estudante de moda faz”, comenta.

A maioria entrevistada sintetizou o profissional como alguém que “cria e costura roupa”, sendo que na verdade é muito mais que isso. “Um bom profissional de moda deve ter um embasamento sobre tudo. Sim, tem gente que tem mais talento com costura, com desenho, com eventos, com fotografia de moda, com modelagem, com estilismo, enfim, moda é uma área muito ampla e diversificada, mas as pessoas nem sempre sabem disso. Elas geralmente pensam muito ‘dentro da caixinha’ e não saem dos seus mundinhos para obter conhecimento”, reforça a estudante.

Estilismo e muito mais…
No meio acadêmico é praticamente uma unanimidade concordar com o resultado da pesquisa que apontou a falta de conhecimento sobre as funções do profissional que atua na área de moda. É o caso da estudante Lívia Bordignon Moura, 20. Ela acredita que existem muitos mitos e desinformação sobre o profissional desse setor. Até mesmo pessoas próximas aos estudantes da área não sabem o que eles fazem. “Já ouvi muitas histórias no qual as pessoas acham que você é uma costureira, modelo, que vive no glamour, ou até mesmo que só quer chamar atenção, porém a realidade é diferente. Vai muito além disso”, observa a jovem.

Segundo Lívia, um formando do curso de moda é apto para enxergar muitas possibilidades no universo fashion. “Passamos esses anos na faculdade estudando para sermos bons profissionais, para conhecermos o mercado e tudo o que ele envolve e assim acaba abrindo nossos horizontes. Tudo o que vivemos nesses anos de graduação é um aprendizado para vida toda”, analisa.

E essa crise? Complica?
Sobre a crise econômica brasileira – que tem previsão de permanência por mais um ano no País -, a visão dos jovens é otimista. “Você fica sem comprar roupa nova por causa da crise? Você deixa de comprar uma bota nova no Inverno ou uma sandália no Verão? É, eu acho que todas as respostas foram não! Pois então, pensando na área de vestuário onde o consumo é maior, todos precisam de roupas para se cobrir, sejam elas caras ou mais em conta. O mercado de moda sempre está ativo, pode sim ter altos e baixos, mas está sempre ativo”, define Jéssica, com toda a convicção do mundo.

Apesar de ser positiva, Lívia percebe as mudanças no consumo de moda do brasileiro, proporcionando o fechamento de algumas empresas e desemprego no setor. “Porém, ainda existem lados positivos. Os brechós e customizações estão ganhando mais espaço, numa época que ninguém pode gastar, resta recorrer a uma prática até mais sustentável, como o reaproveitamento de peças já usadas”, acrescenta. Mas como qualquer brasileira, a esperança não morre nunca e a expectativa de Lívia para essa “marolinha” nada leve é que ela morra na praia logo, logo. “Me sinto confiante, irei me dedicar o máximo possível para ser uma boa profissional. O importante para mim será ter a oportunidade de praticar tudo o que aprendi e aprender mais ainda, o resultado a gente colhe com o tempo.”

O que um formando de moda pode fazer?
Agente de modelo
Assessor de imprensa das indústrias têxteis
Cabeleireiro
Comprador de produtos de moda
Consultora de empresas
Consultora de imagem
Coolhunter
Designer de estamparia
Designer têxtil
Designer de joias e acessórios
Editor de moda
Estilista
Figurinista
Fotógrafo de moda
Gerente comercial
Gerente de marketing de moda
Gerente de produtos
Jornalista de moda
Maquiador
Modelista
Produtor de moda
Produtor de desfile/vídeo/foto
Produtor executivo
Professor de cursos da área
Vendedor
Vitrinista

Fonte: Daniel Basso Polezi, coordenador do curso de moda – Unisal