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  De olho no ar-condicionado do seu veículo

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Revisão

De olho no ar-condicionado do seu veículo

Falta de manutenção no sistema pode acarretar problemas técnicos e até mesmo de saúde, de acordo com especialistas no assunto

Por Rodrigo Alonso

19 jan 2019 às 09:23

A falta de manutenção do ar-condicionado automotivo pode acarretar em problemas técnicos e de saúde. Segundo especialistas, as condições do equipamento influenciam na qualidade do ar e no poder de refrigeração.

Foto: Divulgação
Leandro Vanni, gerente de tecnologia da DPaschoal, fez alerta sobre as condições do ar-condicionado e ressaltou necessidade de limpeza

A médica Talita Rehder aponta para a possibilidade de acúmulo de fungos, ácaros, vírus e bactérias. Esses micro-organismos afetam, em especial, idosos, crianças e também pessoas com doenças respiratórias.

“Esses micro-organismos são invisíveis e ficam suspensos no ar. Quem respira o ar sujo pode ter crises respiratórias alérgicas ou infecciosas”, disse. Sem a manutenção adequada, o ar-condicionado também pode perder eficiência, de acordo com o gerente do CTTi (Centro de Tecnologia, Treinamento e Inovação) da DPaschoal, Leandro Vanni.

“Muitas vezes a gente vê pessoas que estão com o filtro há tanto tempo sem trocar, que a capacidade de circulação, de passagem de ar do filtro, já está tão saturada que diminui a passagem do ar, e isso diminui a refrigeração”, explicou.

A DPaschoal informa que não se cobra nada pela revisão dos aparelhos de ar-condicionado nas lojas da rede e oficinas credenciadas. Se necessária, a troca do filtro fica entre R$ 30 e R$ 40. O serviço de higienização custa, no máximo, R$ 140. Vanni afirma que o equipamento deve ir para revisão a cada seis meses ou 10 mil quilômetros rodados.

“No entanto, muitos motoristas ainda confundem o filtro de ar de cabine com o filtro de ar de motor, fazendo a manutenção incorreta. A maior parte dos usuários demora anos para trocar o filtro ou para higienizar o sistema de ventilação, comprometendo a qualidade do ar”, comentou sobre o tema.
Também há casos em que o gás refrigerante precisa ser completado. Viana apontou que o ar circula pelo carro num circuito fechado, mas existem algumas perdas ao longo do tempo.

Ele ainda alertou que os produtos de odorização vendidos no mercado não higienizam o ar-condicionado. “Às vezes é melhor não ter cheiro nenhum no seu ar-condicionado, mas ele estar livre de ácaros, fungos, do que você ter um cheirinho bom e continuar respirando tudo aquilo que tem de ruim”, destacou.

Condição do equipamento afeta potência

A perda de eficiência do ar-condicionado, resultado da falta de manutenção, também pode ter reflexos no desempenho do veículo. As possíveis consequências são aumento no consumo de combustível e diminuição da potência do automóvel, segundo o gerente do CTTi (Centro de Tecnologia, Treinamento e Inovação) da DPaschoal, Leandro Vanni.

Foto: Divulgação
Aparelho usado para higienização do ar-condicionado do carro

Isso porque, quando o ar-condicionado perde poder de refrigeração, o motorista tende a subir sua potência em época de calor. E, quanto mais forte estiver o ar-condicionado, mais retido estará o carro, o que aumenta o consumo de combustível e diminui seu desempenho.

De acordo com Vanni, esse tipo de situação ocorre quando o filtro está, demasiadamente, saturado. “Se estiver muito saturado e não permitir a passagem eficiente do ar, ele pode fazer com que você até coloque o ar-condicionado para trabalhar numa velocidade maior, sendo que não era necessário, para ter maior entrada de ar na cabine”, apontou.

O uso do ar-condicionado, por si só, já tem impacto sobre o desempenho do veículo. Segundo Vanni, o automóvel funciona da melhor maneira quando o equipamento está desligado e os vidros, fechados.
“Quando você anda com a janela aberta, o ar que entra também segura o carro, retém o carro parcialmente, e também já dá uma variação no consumo de combustível. A mesma coisa acontece quando você liga o ar-condicionado”, explicou.

Vanni disse que essa entrada de ar também reduz a potência do automóvel. “Também tem uma diferença [de potência], que é mais perceptível em veículos de motorização menor”.