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  Jovens talentos da região

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Jovens talentos da região

Conheça adolescentes apaixonados pelas diferentes formas de cultura – teatro, música, literatura…

Por Débora De Souza

30 jan 2015 às 10:51 • Última atualização 20 jan 2017 às 14:33

Por curiosidade ou brincadeira, garotos e garotas descobriram talentos na música, no teatro, desenho e escrita e hoje levam a atividade a sério, tão sério que alguns já tornam o passatempo um caminho para o futuro. A arte em suas várias formas permite a descoberta de si mesmo e a conexão com o mundo, bem como a um mundo regado de fantasias. Cinco jovens contaram ao Teen! como teve início essa paixão e o que pretendem do futuro. Quem sabe não veremos algum deles por aí de novo, desta vez como parte da constelação de estrelas?!

Em cena
Gabriel Mazon Meirinho tinha acabado de chegar à nova escola para cursar o 3º ano do Ensino Médio quando descobriu no teatro uma ponte para fazer amigos e por fim à timidez. “Eu era bem tímido e nessa escola tinha aulas de teatro. Tive curiosidade e resolvi fazer as aulas. Gostei muito”, conta. Sua primeira experiência no palco foi em 2010, durante o festival “Verso Vivo”, em Santa Bárbara d’Oeste. “Senti um baita frio na barriga e muita adrenalina… E ainda continuo sentido isso”, lembra.

Em 2011 participou da montagem do Via Crucis na mesma cidade e, no ano seguinte, era membro de outros dois grupos de teatro, em Americana e Piracicaba. Em 2014 foi indicado como melhor ator coadjuvante no festival “Cenata” de Araçatuba. Não levou o prêmio, mas acendeu o desejo de levar o hobby como profissão. Hoje, aos 21 anos, possui curso técnico de arte dramática pelo Senac e estuda artes visuais à distância. “É um curso que me ajuda a compreender melhor as diferentes manifestações culturais e artísticas e me possibilita trabalhar como professor”, diz.

Traçando o futuro
Alan Marson Batera, 24, nunca foi bom em copiar desenhos. Ele até tentou, mas… Prefere criar seus próprios heróis e vilões. “Senhor dos Anéis” é a sua maior inspiração. “Sempre tento criar um grupo de personagens para algo futuro”, diz este designer gráfico que define seu estilo como “próprio”. “Misturo fantasy e anime, às vezes arrisco um estilo ‘super’ e aí já misturo também”, ri.

Sua aventura nos desenhos começou quando tinha 9 anos. Filho único, trocava as brincadeiras na rua por horas tentando reinventar os heróis dos desenhos animados. “Nunca copiava, queria criar algo diferente”, lembra. A mão precisa rabisca rápido a arte que mostra apenas para amigos e familiares. “Trabalhar com isso seria um sonho. Topo o que vier, animação, anime…Mas prefiro mostrar meu trabalho em pessoa, porque existe muita concorrência por aí”, diz.

Entre sonhos, entrelinhas
Beatriz Crispim, 11, conta que começou a escrever assim que aprendeu a ler, aos 5 anos. Seu maior incentivo foi a professora do primeiro ano na escola paroquial que frequentava em Jundiaí, e seu pai, que lia-lhe os contos de fadas todas as noites. Quando descobriu que poderia ler sozinha, não parou mais. De “Os Três Porquinhos” as coleções de Monteiro Lobato e a saga do menino bruxo de J. K. Rowlling, Beatriz devorou em questão de dias.

“As ideias me vêm quando estou lendo ou assistindo algo legal na TV”, conta. Ideias a mil, começou a escrever suas próprias crônicas, algumas delas publicadas no jornalzinho da escola e outra no jornal de Jundiaí, onde morava há 7 meses, selecionado entre centenas de textos enviados pelas escolas da cidade. “Às vezes penso em ser jornalista ou escritora. Também gostaria de ser atriz [participou como figurante em Patrulha Salvadora do SBT], mas a profissão que mais me fascina é neurocientista. A escrita é mais um hobby para mim”.

Música no sangue
Quando criancinha, Melissa Lopes Palombino, 18, ficava encantada de ouvir o pai tocar trompete. Um dia, resolveu soprar o instrumento e surpreendeu toda a família. “Achava que não tinha capacidade para tocar e acabei tirando um som até que afinado”. Orgulhoso, o pai lhe ensinou o básico. Aos 12, tocava na igreja e aos 14, na Banda Marcial do Senai. Nesse tempo, aprendeu órgão, instrumento tocado também pela mãe.

Já o irmão Ebert Lopes Palombino, 17, escolheu o sax. Sua maior influência foi Kenny G, saxofonista internacional. Assim como a irmã, teve aulas no CCL (Centro de Cultura e Lazer) de Americana e toca nos cultos da igreja que frequenta. Os desenhos são outra paixão do garoto que pretende fazer faculdade de Arquitetura. “Sempre gostei de desenhar projetos de casas, fazer maquetes, computação gráfica”. A música está no sangue e seguirá como hobby para os irmãos. “É uma área muito desvalorizada hoje em dia”, explica Ebert sobre a realidade dos músicos no Brasil, em especial os de gênero clássico como eles.

Rumo ao estrelato
Com um CD novinho em mãos, Douglas Baio do Nascimento, 16, percorre o Estado de São Paulo divulgando sua música. O sonho de ser músico surgiu quando ganhou um violão do amigo e ainda morava no Japão. “Um dia ele me emprestou e eu não sabia tocar, mas peguei a música assim que ele me mostrou. Aí ele me deu o violão no mesmo dia, porque eu tocava melhor que ele”, ri.

Douglas aprendeu a tocar teclado aos 6 anos. Aos 10, se mudou para o Japão e ganhou um piano dos pais. Mas foi com o violão em mãos que a música começou a ser posta no papel, sempre à noite, horário que consegue “relaxar e se ouvir mais”. No CD, cinco faixas exclusivas que misturam sertanejo e pop romântico. Ele conta que soube que estava no caminho certo no dia em que gravou a música “Livre”. “A gravadora fez o arranjo em cima da letra que eu tinha cantado. Aí eu pedi para fazer o acompanhamento com o piano. Eles gostaram e mudaram todo o arranjo da música, por causa do meu piano”, orgulha-se. Daí surgiu o convide do estúdio para contribuir com o arranjo de outras músicas, de forma esporádica.