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  Herpes ocular: ‘irmão’ do herpes labial, ocorrência aumenta com o estresse

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Herpes ocular: ‘irmão’ do herpes labial, ocorrência aumenta com o estresse

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Revista L

Herpes ocular: ‘irmão’ do herpes labial, ocorrência aumenta com o estresse

Doença bastante tratável, mas ainda incurável, o herpes ocular é uma infecção provocada pelo mesmo vírus do herpes labial

Por Assessoria de Imprensa

04 abr 2015 às 20:22 • Última atualização 20 jan 2017 às 15:08

Doença bastante tratável, mas ainda incurável, o herpes ocular é uma infecção provocada pelo mesmo vírus do herpes labial, o herpes simplex (HSV). Existem mais de 80 tipos de vírus do herpes e eles se diferenciam de várias formas. Mas uma coisa eles têm em comum: percorrem os nervos até se alojarem numa terminação nervosa – onde passam períodos de inatividade. Quando acomete lábios e pele, o diagnóstico do herpes é bastante fácil.Mas, quando o vírus atinge os olhos, a doença pode ser mal diagnosticada e tratada indevidamente – aumentando os riscos, inclusive, de o paciente perder a visão. Na opinião de Renato Neves, oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, é preciso ter bom conhecimento para distinguir o herpes ocular do herpes zoster (causado pelo vírus da varicela), infecções, intoxicação ocular provocada por medicamentos etc.

Assim como o herpes labial, que pode surgir novamente quando a imunidade da pessoa está em baixa, dados da Academia Americana de Oftalmologia (AAO) revelam que, depois do episódio inicial, há 27% de chance de acontecer novamente dentro de um ano, 50% em cinco anos e 63% em 20 anos.

“Infecções recorrentes incomodam muito os pacientes, já que a doença pode surgir na infância e voltar a incomodar de tempos em tempos. Vale ressaltar que o herpes ocular pode acometer qualquer camada dos olhos, mas as manifestações mais comuns incluem blefarite (inflamação das pálpebras), conjuntivite folicular e ceratite (inflamação da córnea). Outro ponto importante: nada tem a ver com o herpes genital, que é uma doença sexualmente transmissível”, diz Neves.

De acordo com o médico, geralmente a pessoa entra em contato com o vírus herpes simplex ainda na infância.

“Em determinados casos, a criança é tratada de uma infecção moderada. O vírus invade os olhos e chega ao gânglio trigeminal, onde encontra condições ideais para se instalar e se tornar latente. Ao longo da vida, principalmente quando a pessoa passa por episódios de estresse intenso, traumas ou períodos de baixa imunidade, esse vírus faz o caminho de volta para a córnea e se manifesta com o herpes ocular. O tratamento imediato com medicamentos antivirais específicos ou antibióticos interrompe a multiplicação do vírus e impede que a doença continue destruindo as células epiteliais”.

Embora o estresse seja um gatilho importante para a manifestação da doença, Neves afirma que problemas de saúde bucal, queimaduras de sol, traumas e períodos pós-cirúrgicos também podem desencadear novos episódios de herpes ocular.

“Mais da metade da população mundial já entrou em contato com esse vírus. O importante é que a doença seja devidamente diagnosticada e tratada, a fim de não se agravar. Em determinados casos, mais severos, o tratamento indicado é o transplante de córnea.”