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  11 perigos escondidos na escova de dente

  11 perigos escondidos na escova de dente

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  11 perigos escondidos na escova de dente

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Revista L

11 perigos escondidos na escova de dente

Se não for bem cuidada, a escova de dente pode servir de ninho para microrganismos e prejudicar a saúde

Por Da Redação

14 set 2015 às 09:52 • Última atualização 20 jan 2017 às 16:34

De aliadas na hora da higiene bucal a vilãs da saúde se não forem bem cuidadas e limpas, as escovas de dente – muitas vezes negligenciadas na pia do banheiro, na gaveta do escritório ou no fundo da bolsa – merecem mais atenção do que você está acostumado a dedicar a elas. Entenda por que e saiba como higienizar corretamente a sua escova.

1. Contaminação das cerdas
Dez entre dez escovas estão contaminadas após o primeiro uso. Isso porque, após a escovação, as bactérias da flora bucal são transferidas para as cerdas das escovas que, úmidas, se tornam o local ideal para a proliferação dos germes. “É claro que uma bactéria que convive em equilíbrio na flora bucal do indivíduo não é a princípio um risco, mas quando transmitida à escova dental ocorre a formação de colônias e assim pode se tornar potencialmente patogênica”, explica a dentista Sandra Duvoisin.

2. Banheiro: aliado ou inimigo?
Além das bactérias, fungos e vírus que se alojam nas cerdas, deixar as escovas expostas no banheiro pode comprometer a saúde. Mesmo sendo destinados à higiene pessoal, os banheiros são também o local mais perigoso do ponto de vista da contaminação. As descargas dos vasos sanitários liberam diferentes tipos de bactérias e coliformes fecais. Essas gotículas contaminadas podem atingir até seis metros de altura e permanecer por horas circulando no ambiente. Imagine a sua escova ali, exposta na pia do banheiro.

3. Insetos no ambiente
Por mais limpo que seja o seu banheiro, o local está sujeito à entrada de insetos e outros bichos, como formigas, moscas, mosquitos, lagartixas, mariposas, aranhas e baratas. O problema é que eles costumam aparecer quando você menos espera, e muitas vezes não está por perto para o flagrante. Imagine tudo o que pode “transitar” por sua escova enquanto você está no trabalho, na escola, em viagem ou dormindo. Melhor nem pensar! Será?

4. Risco de doenças
Embora sejam as protagonistas na hora da higiene oral e dos cuidados com a saúde bucal, as escovas – se contaminadas – podem transmitir uma série de doenças, algumas graves. Os problemas vão de periodontite, gengivite, cáries, diarreia, faringite, infecções de ouvido e problemas respiratórios a meningite, pneumonia e cardiopatias. “Sem a correta higienização, as escovas acabam se transformando em disseminadoras de doenças e os micro-organismos da boca e do meio ambiente podem ser transportados para o coração, pulmões e estômago”, alerta Sandra.

5. Escovas compartilhadas
A higiene oral é um hábito individual. Por isso, nem pense em dividir a sua escova de dente com alguém da família. Opte por modelos ou cores diferentes, para evitar confusão na hora do uso, e escolha sempre cerdas macias. Além disso, não se esqueça de fazer a troca da escova a cada três meses, no máximo. A substituição deve ser antecipada caso as cerdas estejam deformadas antes deste prazo ou a escova apresente acúmulos de sujeira, como aquelas manchas escurecidas na base das cerdas.

6. Recipientes coletivos
Se o hábito de escovar os dentes deve ser único e individual, o local que você escolhe para guardar a escova também. Não deixe todas as escovas no mesmo potinho sobre a pia, pois os germes alojados nas cerdas podem “migrar” para as escovas vizinhas, ampliando o risco de doenças e infecções. Gripes, viroses e outros problemas de saúde são facilmente transmitidos porque os vírus, fungos e bactérias circulam livremente entre as escovas.

7. Estojos e capinhas protetoras
As capinhas e estojos não protegem a escova dental, muito pelo contrário. Ao manter as cerdas úmidas e quentes, esses porta-escovas facilitam a proliferação de micro-organismos. Depois de tirar o excesso de água das cerdas, deixe as escovas secando em local arejado e longe do vaso sanitário. A bolsa e necessaire também não são os melhores lugares para guardar a escova dental, a menos que você precise transportá-la. Ao chegar em casa, a escova dental deve ser higienizada e armazenada adequadamente.

8. Secar as cerdas
Para secar as cerdas, o melhor jeito ainda é dar batidinhas na escova para remover o excesso de água e deixá-la em um local arejado. Evite esfregar os dedos, usar a toalha do banheiro ou secar em guardanapos pois pode comprometer a higiene da sua escova. E jamais utilize o secador de cabelos para esta finalidade.

9. Halitose
Cerca de 60 milhões de pessoas no Brasil sofrem por causa do mau hálito. Existem mais de 600 tipos de bactérias na cavidade oral, muitas delas capazes de produzir gases com odor desagradável devido à metabolização de materiais orgânicos como restos de alimentos. Além disso, mais de 90% das halitoses são causadas pela ação da flora bacteriana natural presente na orofaringe – boca (incluindo língua, palato, gengivas e dentes) e parte da garganta logo atrás da boca (base da língua, amígdalas, parte lateral e posterior da garganta). Por isso, manter a escova de dente limpa e caprichar na higiene bucal ajudam a eliminar o mau hálito.

10. Pais e filhos
De acordo com uma pesquisa da FORP (Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto) da USP realizada em 2008, de cada 40 mães de bebês entre 1 e 3 anos, apenas uma se preocupava com a desinfecção da escova dental. Já entre as mães de crianças de 6 a 12 anos, das 40 consultadas, nenhuma fazia a higienização. O levantamento revelou outro dado preocupante: apenas quatro participantes do estudo disseram ter recebido alguma orientação sobre os cuidados com as escovas após o uso.

11. Atenção com crianças, gestantes e idosos
Segundo a odontopediatra Sandra Duvoisin, doenças comuns na infância como sarmapo, caxumba, rotavírus, catapora e bronquiolite são transmitidas por secreções da mucosa, saliva ou gotículas respiratórias. Há ainda problemas respiratórios, gripes, candidíase (sapinho), estomatite, herpes, infecções urinárias e de pele, cáries, escarlatina e meningites. “É pela boca também que entram as enterobactérias e os coliformes fecais. Por isso, cuidar da higiene bucal das crianças, idosos e gestantes é um hábito essencial que, além de manter dentes e boca saudáveis, também protege contra doenças”, alerta a dentista, autora do livro “Cássio e a Fada dos Dentes” (Ed. Ithala, 2009).