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  FGV sugere que Pernambuco rompa contrato de Arena

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  FGV sugere que Pernambuco rompa contrato de Arena

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FGV sugere que Pernambuco rompa contrato de Arena

Governo do Estado de Pernambuco recebeu estudo encomendado em função dos prejuízos gerados pelo estádio

Por Agência Estado

29 dez 2015 às 20:05

O Governo do Estado de Pernambuco anunciou nesta terça-feira que recebeu o estudo que havia encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FVG) a respeito do contrato de concessão da Arena Pernambuco. Conforme já se imaginava que ocorresse, a FGV sugere que o acordo com a Odebrecht, válido até 2043, seja rompido.[\img]

Quando a concessão estava sendo discutida foi feita uma projeção apontando receita de R$ 73 milhões com jogos de Sport, Santa Cruz e Náutico no estádio, localizado na cidade de São Lourenço da Mata. Mas só no Náutico, clube de menor torcida que os rivais, assinou contrato para utilizar o estádio. Santa Cruz e Sport jogam lá apenas esporadicamente.

Por isso, a operação da Arena é deficitária e quem paga o prejuízo é o Governo do Estado. De acordo com a concessionária, em 2013 o déficit foi de R$ 29,7 milhões. No ano passado, de R$ 24,4 milhões. Para esta temporada, a conta também não deverá fechar. O estádio recebeu 41 partidas, com público médio de 10 mil pessoas, apenas, o que não ocupa nem 25% do estádio.

Agora, o Governo de Pernambuco estuda o que fazer com a Arena. A sugestão da FGV é que o contrato com o Odebrecht seja rompido. “Não obstante já ser possível extrair do estudo que o contrato deva ser revisto ou desfeito, em razão, entre outros motivos, da não confirmação da expectativa de receita que balizou sua celebração, o trabalho da FGV será objeto de detida análise por parte do corpo técnico do Estado”, explicou o Palácio do Campo das Princesas.

“Concluída a análise técnica, o Governo comunicará à sociedade a decisão a ser tomada em relação a este contrato de concessão”, completou o Estado, em nota.

Em agosto, a Polícia Federal deflagrou a Operação Fair Play, que apura superfaturamento na construção da Arena Pernambuco. A obra, estimada em R$ 796 milhões, pode ter sido superfaturada em R$ 42,8 milhões. De acordo com a PF, houve fraude na licitação da obra. O escritório da Odebrecht em Recife foi um dos locais nos quais foi cumprida ordem de busca e apreensão.