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  Rincon Sapiência une consciência e celebração

  Rincon Sapiência une consciência e celebração

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  Rincon Sapiência une consciência e celebração

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Música

Rincon Sapiência une consciência e celebração

Há tempos, Rincon Sapiência é um dos nomes da música brasileira que une com maior sucesso dois elementos importantes: (1)…

Por Agência Estado

27 dez 2018 às 06:10 • Última atualização 27 dez 2018 às 10:36

Há tempos, Rincon Sapiência é um dos nomes da música brasileira que une com maior sucesso dois elementos importantes: (1) uma consciência aguda do que acontece ao seu redor e (2) celebração.

Em Mete Dança (Verso Livre), single inédito divulgado nesta quarta-feira, 26, com exclusividade no portal do Estado (ouça em estadao.com.br/e/rincon), ele volta com seu flow característico e um beat com pegada baiana para avisar (“Faço luta e faço bundas balançarem / Mandela, Mandela, Mandela / Em todos sentidos é tão necessário / O amor da quebrada saindo pro mundo / O ódio da elite saindo do armário”), mas também para sugerir: “Tô bem de boa com o meu rum / Tu-tu-tu tudo vida loka / Não-não-não para vida mansa / Nem vem, nem vem metendo o loco / Tô mete… tô mete… tô metendo dança”.

A música é assinada pelo próprio Rincon, com guitarras de Robson Heloyn, e foi lançada pelo seu selo, o MGoma. O clipe filmado na zona leste de São Paulo tem produção da Porqueeu Filmes e direção de Luba Construcktor (o DJ Mista Luba, parceiro de Rincon nos palcos).

Mete Dança (Verso Livre) se encaixa numa linhagem de “músicas de fim de ano” do artista, como Linhas de Soco (2014), Ponta de Lança (Verso Livre) (2016) e Afro Rep (2017).

Em vários versos, Rincon Sapiência se refere diretamente à situação política do Brasil de 2018 (“Eles querem dividir o país / Olha o rumo dessa ventania / SP, mas sou Nordeste, Norte / Dupla cidadania” e também “Tem África no meu sangue / Evite a hemorragia / Mestre Moa descanse em paz / Eu vim pra te homenagear”).

Em outros, ele vem demonstrar que se manterá atento ao que for rolar ano que vem: “Autoridade, tá com ciúme, ó / Pega na mão e assume / Realidade, arte no ralo / Expectativa, arte no povo / Onde se destaca teatro com faca / Sinceramente, não me comovo / É tudo nosso e nada deles / Depois de nóis, é nóis de novo / Tem paredão, e o som no talo / Vem cantar de galo, eu digo ‘meu ovo'”.

Clássicos do pagodão baiano, como Harmonia do Samba, Psirico e Terrassamba, até os mais recentes como Igor Kannario, Parangolé e ÀTTØØXXÁ são citados pelo rapper como inspirações para o beat da nova canção.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.