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  Coleção de clássicos da literatura foi embrião para Vaga-Lume

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Coleção de clássicos da literatura foi embrião para Vaga-Lume

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Vaga-Lume

Coleção de clássicos da literatura foi embrião para Vaga-Lume

Editora fez ‘testes’ lançando experimentalmente “Coração de onça”, de Ofélia e Narbal Fontes, e “Éramos Seis”, de Maria José Dupré

Por Rodrigo Pereira

29 jul 2018 às 05:33 • Última atualização 29 jul 2018 às 08:49

Um dos criadores da série Vaga-Lume, Jiro Takahashi afirmou ao Liberal que a Editora Ática já publicava, desde 1969, a Série Bom Livro, de clássicos brasileiros e portugueses, voltada ao público infantil e juvenil. Dentro desta coleção, lançou experimentalmente “Coração de onça”, de Ofélia e Narbal Fontes, e “Éramos Seis”, de Maria José Dupré, que tiveram o mesmo desempenho dos clássicos e foram o mote para a criação da Vaga-Lume, que englobou autores contemporâneos e o mesmo tipo de público leitor.

Foto: Divulgação
Editor conta que “pré-estreia” da série teve início em 1969

“Para um trabalho de sensibilização interna da editora, criamos dois concursos internos: um para o nome da coleção e outro para o layout da série. Estabelecemos uma parceria duradoura com alguns grupos de professores para criar uma ponte segura com os estudantes e a prática de leitura extra-classe. Essa parceria implicava principalmente indicação e parecer de livros, e elaboração de suplementos de leitura, que vinham substituir as velhas fichas de leitura, com uma proposta lúdica e interativa com os jovens”, detalhou Takahashi, que é mestre em Letras pela USP (Universidade de São Paulo).

Embora a Ática não divulgue números, Jiro Takahashi estima que já tenham sido vendidos seis milhões de cópias de “A Ilha Perdida”, também de Maria José, um dos grandes sucessos da coleção, relançado no primeiro ano dela, em 1973 – inicialmente, a obra foi lançada em 1944, pela editora Brasiliense.

Depois foram chegando outros grandes autores, como Lúcia Machado de Almeida, Homero Homem, e outros novos, como Jair Victória, Marçal Aquino, Luiz Puntel  e José Maviael Monteiro, lista Takahashi. “Durante os anos 1980, o autor que teve os livros mais vendidos entre os jovens foi Marcos Rey, autor de ‘O Mistério do Cinco Estrelas’, ‘Um Cadáver Ouve Rádio’ e ‘O Rapto do Garoto de Ouro’”, revela Takahashi.