minissérie
‘Justiça’ traz uma trama demasiadamente humana
O ponto de partida da produção é a prisão de quatro personagens e as tragédias pessoais que rondam cada núcleo
Por TV Press
25 ago 2016 às 11:33 • Última atualização 25 ago 2016 às 11:35
Link da matéria: https://liberal.com.br/arquivo-de-noticias/cultura/celebridades-e-tv/justica-traz-uma-trama-demasiadamente-humana-423264/
Perdão, arrependimento, culpa e vingança são os sentimentos que entrelaçam as quatro fortes histórias de “Justiça”, minissérie assinada por Manuela Dias que estreou nesta segunda-feira. Ambientada em Recife, capital do estado de Pernambuco, o ponto de partida da produção é a prisão de quatro personagens e as tragédias pessoais que rondam cada núcleo. “A trama não trata de leis ou processos jurídicos, mas sim do conceito de justo. O que é justo, certo ou errado sob o ponto de vista ético e moral e não sob o ponto de vista circunstancial ou social como as leis que variam com o tempo e de sociedade para sociedade”, resume a autora.
Com 22 capítulos exibidos às segundas, terças, quintas e sextas, “Justiça” é um grande mosaico humano com estética crua e realista. Cada dia da semana será o momento de entrar na vida de um determinado núcleo e conhecer seus dramas e conflitos. Em comum, os encontros e desencontros da noite recifense.
Na trama, Vicente, de Jesuíta Barbosa, é um “playboy” desesperado com a falência da empresa de sua família. A crise financeira abala seu noivado com a mimada Elisa, de Marina Ruy Barbosa. Antes mesmo de a moça colocar um fim na relação, Vicente a flagra nos braços de outro e não hesita em assassiná-la a sangue frio.
Na periferia rural da capital, vive Fátima, doméstica interpretada por Adriana Esteves. Casada com o motorista de ônibus Waldyr, de Ângelo Antônio, sua vida muda drasticamente ao ser vítima de uma armação policial e acaba presa por sete anos, acusada de tráfico de drogas.
De diferentes classes sociais, Débora, a filha da patroa, e Rose, a filha da empregada, de Luisa Arraes e Jéssica Ellen, foram criadas como irmãs. Em uma festa na praia, as duas consumiam drogas ao lado de outros amigos. Até que passam por uma “batida” policial. Rose é revistada e acaba presa; a amiga foge e não faz nada para ajudar.
No centro da cidade, a bailarina Beatriz, de Marjorie Estiano, está saindo do teatro após mais uma vitoriosa apresentação de seu espetáculo de balé quando um carro desgovernado avança o sinal vermelho e a atropela. Ao acordar no hospital, ela descobre que está tetraplégica e pede ao namorado, Maurício, de Cauã Reymond, a eutanásia.