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  2018 foi ano de altos e baixos na cultura

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  2018 foi ano de altos e baixos na cultura

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Retrospectiva

2018 foi ano de altos e baixos na cultura

Incêndio no Museu Nacional, crise de livrarias, política levada ao palco de Roger Waters e destaque ao cinema mexicano estão entre fatos marcantes

Por Rodrigo Pereira

30 dez 2018 às 08:02

Perdas de patrimônios históricos e crise nas livrarias estão entre pontos marcantes de 2018 na área de Cultura no Brasil. Por outro lado, também foi destaque a homenagem a Hilda Hilst na Flip (Feira Literária Internacional de Paraty) e a ascensão do cinema mexicano entre premiados no Oscar 2018 e cotados para a premiação de 2019.

Entre os pontos negativos está o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em setembro. Estimou-se que o fogo teria levado à perda de 90% de seu acervo de 20 milhões de peças. Um mês depois do fogo, foi estimado que a reconstrução do Museu Nacional deverá custar entre R$ 50 milhões a R$ 100 milhões.
No mercado editorial, a Livraria Cultura fechou unidades no Rio e Recife e todas as lojas da Fnac no Brasil. Já a Saraiva fechou 19 livrarias em outubro. Na sequência, ambas entraram com pedido de recuperação judicial.

Foto: Marcos Arcoverde / Estadão Conteúdo
Brasil perdeu um de seus ícones culturais, o monumental Museu Nacional, em um incêndio

Na música, um show com contornos políticos ganhou repercussão nacional e internacional. Ex- baixista do Pink Floyd, Roger Waters elencou o presidente eleito Jair Bolsonaro em uma lista de políticos que chamou de neofascistas, no telão de um show que fez no Brasil, e dividiu o público que lotava o estádio entre vaias e aplausos.

Na sétima arte, diretores do México começaram e terminam o ano no foco dos holofotes do Oscar. Enquanto Guillermo Del Toro viu sua obra “A Forma da Água” ser premiada como melhor filme na edição deste ano, o recém-lançado “Roma”, de Alfonso Cuarón, é um dos cotados para conquistar estatuetas em 2019.

Entre as perdas marcantes está a morte de Stan Lee, criador de heróis da Marvel. Tenor e maestro de Americana, Eduardo Lustosa também relembra as mortes de Angela Maria e Aretha Franklin. “Duas personalidades incríveis, que marcaram época e possuíam vozes singulares. Angela e Aretha deixaram um lindo legado musical. Entregaram ao público, até o último momento, o que o cantor tem de mais precioso: a sua voz”, destaca.

DESTAQUES LOCAIS

Já o artista visual americanense Matheus Souza traçou um breve panorama da arte na região ao Liberal. “Além do prêmio da Bienal Naïf, teve aquele prêmio destaques culturais da cidade [na Câmara de Americana]. Os artistas aproveitaram a solenidade para se manifestarem em relação a algumas coisas que estavam acontecendo no cenário artístico local”, recorda.

Ele também lembra do AmericanaZINE, evento de Americana que agregou uma galeria de arte virtual acessada por meio de QR Codes, exposições físicas, shows de bandas e sarau.

“O coletivo Desapaixonados fez uma exposição na Biblioteca de Americana. Teve bastante coisa positiva na Biblioteca enquanto exposição. Então, foi um ano até que agitado culturalmente pelo pessoal que se propõe a fazer alguma coisa, que está engajado com isso, em fazer acontecer essas atividades aqui na região”, avalia.

Na música, ele destaca o Garapa Fest, que tem ocorrido na Estação Cultural, e no teatro apontou a Mostra de Alunos do Fábrica das Artes.