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  Procura por abrigo aumenta em 40%

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  Procura por abrigo aumenta em 40%

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Violência Doméstica

Procura por abrigo aumenta em 40%

Assistente social acredita que o aumento na procura é explicado pelo fato de as mulheres passarem a se sentir mais seguras para denunciar agressões

Por Marina Zanaki

09 jul 2016 às 09:00

Desde o ano passado, a procura pelo abrigo que acolhe mulheres que viveram situação de violência doméstica em Santa Bárbara d’Oeste aumentou aproximadamente 40%, segundo estimativas da coordenação. Parte da entidade denominada Serviço Social em Promoção da Cidadania Imaculada Conceição, a casa tem capacidade para dez pessoas, mas já chegou a atender 15 ao mesmo tempo para evitar a permanência em condições de vulnerabilidade.

Os atendimentos a mulheres saltaram de 34 para 48 entre 2014 e 2015. Desde janeiro, o abrigo atendeu 21 casos. Atualmente, três mulheres e seis crianças estão acolhidas na casa. Para a assistente social e coordenadora Maria Geni de Brito, o aumento na procura é explicado pelo fato de as mulheres gradativamente passarem a se sentir mais seguras para denunciar agressões por conta de uma maior divulgação da Lei Maria da Penha e pela própria estrutura que é oferecida no município para o acolhimento na hora de sair de casa. “De um ano para o outro tem crescido muito a procura, inclusive de Americana, Nova Odessa e Sumaré. A violência não aumentou, mas as mulheres descobriram que tem esse serviço e agora elas estão denunciando mais. Antes, quando não existia o abrigo muitas não tinham a quem recorrer. Sendo assim elas aguentavam apanhando. Sabendo que tem para onde ir acabam criando coragem e denunciando”, citou.

Ao procurarem a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) para denunciar casos de agressão, a situação das mulheres é avaliada e, caso esteja em condições de vulnerabilidade, o Judiciário é acionado para emitir ordem de medidas protetivas, com seu encaminhamento para a casa. Elas e os filhos ficam, em média, três meses no abrigo, período que pode se estender até que consigam ser transferidas para a casa de familiares ou alcançar uma autonomia financeira.

O presidente da entidade, Zenildo Soares, explicou que seria necessário um imóvel maior para conseguir ampliar a capacidade de atendimento, que hoje se limita à demanda de Santa Bárbara. Estado e prefeitura fazem repasses mensais que somam R$ 15 mil, mas para pagar todas as contas ele estima que seriam necessários pelo menos mais R$ 5 mil por mês, recurso que a entidade busca levantar com festas e eventos.

CAMPANHA. A Acisb (Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara d’Oeste), em parceria com o Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos da Mulher, lançou nesta sexta-feira a campanha “Caixa do Bem”, com o objetivo de obter o apoio para doação em prol do abrigo. Caixas com o selo da campanha ficarão expostas nas empresas apoiadoras para receberem as doações de notas fiscais dos consumidores.