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  Delegado diz não saber como resolver uso de drogas nas escolas

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Delegado diz não saber como resolver uso de drogas nas escolas

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S. Bárbara

Delegado diz não saber como resolver uso de drogas nas escolas

Diretora da rede estadual pediu orientação a Reynaldo Peres durante uma reunião convocada por ele para discutir segurança em Santa Bárbara

Por André Rossi

20 mar 2019 às 10:24 • Última atualização 20 mar 2019 às 10:26

Em reunião com diretores da rede municipal, estadual e particular de ensino de Santa Bárbara d’Oeste na tarde dessa terça-feira, o delegado titular da cidade, Reynaldo Peres, disse que não sabe como resolver o problema de uso de drogas no interior das escolas.

A situação foi exposta por uma diretora da rede estadual durante o encontro, realizado no anfiteatro da Secretaria de Educação. A preocupação com tráfico de drogas também nos arredores de escolas motivou pedidos por rondas escolares mais frequentes.

Foto: João Carlos Nascimento - O Liberal
Reunião foi pedida pelo próprio delegado que anunciou disque-denúncia

A reunião foi solicitada pelo próprio delegado, que anunciou a criação de um disque-denúncia exclusivo para as escolas. Um papel com o telefone, ramal e e-mail para contato foi distribuído.

Peres foi questionado pela diretora de uma escola estadual, que queria saber o que poderia ser feito para lidar com alunos que usam drogas dentro da escola. A unidade em questão atende estudantes de 15 a 60 anos, incluindo estudantes de medidas socioeducativas, e ex-presidiários, nas palavras da diretora.

“Infelizmente o uso de droga não é crime há muito tempo. Se você quiser vir aqui (anfiteatro) fumar maconha eu não posso prender, porque não é crime você ficar fumando. Entendeu isso? É difícil resolver esse problema. É um problema muito mais acentuado e muito mais difícil de atender. Não sei realmente como resolver isso”, comentou.

Questionado pela imprensa, o delegado disse que situações de tráfico em escolas precisam ser denunciadas com o máximo de detalhes possível, inclusive pelo disque-denúncia. Já o uso de drogas no interior das unidades caberia a própria diretoria resolver.

“A escola tem muito problema em dizer para o aluno ‘olha, aqui vocês não podem fumar’, mas pode tomar algumas atitudes. Pode ser suspender, sei lá eu o que a escola pode fazer para punir, para evitar”, disse Peres.

Sobre as rondas escolares, a PM (Polícia Militar) informou ao LIBERAL que está concluindo a tabulação dos dados das escolas da cidade para apresentar as diretoras e definir, em conjunto, ações específicas nas unidades onde for detectada maior necessidade.